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Impasse no partido democrata pode frustar o plano trilionário de Biden

Ala mais conservadora do partido não concorda com o valor de 4 trilhões sugerido por Biden; liberais esperam que cerca de 2 trilhões sejam aprovados

Por Da Redação Atualizado em 30 set 2021, 17h02 - Publicado em 30 set 2021, 17h01
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  • As negociações entre a Casa Branca e os Democratas se intensificaram ao longo desta semana a respeito do pacote de 4 trilhões de dólares em iniciativas econômicas proposto pelo presidente Joe Biden.

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    Enquanto a parte mais progressista do partido conta em aumentar os gastos sociais, a ala mais moderada é contra. 

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    Durante a última terça-feira, 28, membros do governo tentaram a todo custo resolver o impasse a respeito do plano de 1 trilhão para melhorar a infraestrutura do país, ao mesmo tempo em que o partido discutia sobre o tamanho do segundo pacote.

    Democratas mais liberais esperam que sejam gastos cerca de 3,5 trilhões de dólares para refazer algumas leis federais relacionadas à saúde, educação e clima, financiadas principalmente através do aumento de impostos. Mas ao mesmo tempo, o grupo de políticos mais moderados continuou a rejeitar o tamanho do pacote, frustrando os planos de Biden. 

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    Em uma tentativa de aliviar os ânimos e encontrar um denominador comum, o presidente se reuniu com dois integrantes mais centristas do partido em uma série de reuniões na Casa Branca, porém as negociações não caminharam como o esperado. Tamanha incerteza levou o senador Bernie Sanders, líder do Comitê de Orçamentos da Câmara, a encorajar os democratas que tomassem uma decisão o mais rápido possível. 

    Ele pediu para que os políticos votassem contra o projeto de infraestrutura de maneira a preservar sua influência em garantir outras prioridades de gastos em conversas com centristas. “Parece que estamos na mesma posição de meses atrás”, lamentou em entrevista.

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    A agitação vista na última semana expôs ainda mais a situação delicada enfrentada por Biden e os líderes da Câmara e do Senado, que buscam a todo custo passar o que seria o maior pacote de gastos da história dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a situação mostra a limitação das lideranças democratas em Washington que, ainda que poderosas, precisam agir com cuidado de forma a não enfurecer outros blocos tão poderosos quanto. 

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    Na quarta-feira, Joe Biden cancelou uma viagem planejada para Chicago, em um claro sinal de problema. Em fala ao Washington Post, um funcionário do governo disse que o foco do presidente no momento é aprovar as duas iniciativas econômicas que estão paralisadas na Câmara. 

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    Além disso, o Congresso também precisa adotar uma medida que preserve a capacidade do país de tomar empréstimos para pagar suas contas antes de meados de outubro. Nesta semana, a secretária do Tesouro disse que sua agência ficaria sem flexibilidade para evitar a perda de pagamentos após 18 de outubro, o que pode fazer com que os Estados Unidos mergulhem em uma grave crise financeira. 

    A disputa interna a respeito do pacote de infraestrutura pode ser um grande risco, uma vez que o valor será determinante para que os democratas possam cumprir com aquilo que prometeram ainda na campanha presidencial em 2020. Dentre as propostas, está a expansão do Medicare, combate às mudanças climáticas, criação de pré-escolas universais, além da ampliação de uma série de projetos assistencialistas para famílias de baixa renda.

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    Já há um reconhecimento por parte dos grupos do partido de que o projeto provavelmente não será aprovado com o mesmo valor estipulado inicialmente, porém a ala mais liberal está confiante de que os centristas possam apoiar ao menos grande parte do montante, que seria por volta de 2 trilhões.

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