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Imigrantes enfrentam situação precária ao longo da fronteira dos EUA

Pessoas estão sujeitas diariamente à violências e riscos de estupro, além da ausência de assistência humanitária básica

Por Da Redação Atualizado em 3 dez 2021, 14h40 - Publicado em 3 dez 2021, 13h37

Milhares de migrantes, em sua maioria vindos da América Central, enfrentam condições trágicas à espera de uma chance de atravessar a fronteira e chegar aos Estados Unidos passando pela cidade de Reynosa, no México. 

Em acampamentos, abrigos ou cortiços, grande parte aguarda o término das restrições relacionadas ao coronavírus para entrar com o requerimento de asilo. O acúmulo de pessoas próximas às divisas criou um problema humanitário nos últimos seis meses, quando o campo de migrantes começou a se formar. 

O número de chegadas à fronteira em 2021 é o maior desde o início do século e um dos principais motivos é a grave crise econômica enfrentada pelos países centro-americanos, agravada ainda mais pela pandemia da Covid-19.

Além disso, a promessa de campanha do presidente Joe Biden de que agiria de maneira diferente em relação a seu antecessor, Donald Trump, abriu margem para que cidadãos desses países acreditassem que conseguiriam entrar nos Estados Unidos de maneira mais fácil. 

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No entanto, as restrições relacionadas ao coronavírus continuam a permitir que a maioria dos pedidos de asilo sejam bloqueados, fazendo com que as cidades mexicanas fronteiriças fiquem lotadas de migrantes aguardando uma solução. 

 “Não há nenhum lugar para todas essas pessoas irem. Mesmo assim, não param de chegar vans e ônibus lotadas de gente todos os dias”, diz a diretora de uma organização que oferece aulas gratuitas para crianças na fronteira com o Texas desde 2019. 

No mesmo ano, Trump lançou uma política que forçava os requerentes de asilo a aguardar os pedidos no México, enviando dezenas de milhares de pessoas ao país enquanto os tribunais americanos analisavam os processos. Isso ocasionou a formação de um amplo acampamento em que migrantes estavam sujeitos diariamente à ameaças de estupro, violência e outros abusos de direito. 

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O governo Biden tentou revogar essa medida, porém na última quinta-feira, 2, o governo mexicano anunciou que chegou a um acordo com Washington para que ela volte a funcionar já a partir de 6 de dezembro.

Em 2020 foi promulgado o conhecido “Título 42”, uma política que impedia que os solicitantes de asilo entrassem no país usando como argumento a pandemia. Havia uma expectativa de que ele caísse com a vitória de Biden, porém isso não aconteceu. 

O cenário de violência nos campos ao redor da fronteira levou muitos pais a enviar seus filhos para a fronteira sozinhos. Isso porque o Título 42 não prevê a deportação de crianças que fazem a travessia desacompanhadas. Ao invés disso, elas são enviadas à autoridades americanas para que possam encontrar familiares que já moram nos Estados Unidos. 

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Para tentar amenizar a situação, igrejas locais e organizações voluntárias tentam suprir a ausência do estado fornecendo alimentos e assistência médica básica a essa população. No entanto, a incerteza da pandemia, principalmente com o aumento de casos no hemisfério Norte e a chegada variante ômicron, indicam que a situação precária pode estar longe de uma resolução.

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