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Hezbollah nega envolvimento em explosão em Beirute

Hassan Nasrallah, líder do movimento, descreveu o incidente como 'uma tragédia humana' e agradeceu a ajuda externa

Por Da Redação
Atualizado em 7 ago 2020, 16h48 - Publicado em 7 ago 2020, 16h48

O líder do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, negou “categoricamente” nesta sexta-feira, 7, que o partido político tenha um “armazém de armas” no porto de Beirute, devastado por uma explosão que deixou mais de 150 mortos e cerca de 5.000 feridos.

“Nego totalmente, categoricamente, que haja algo nosso no porto, nem armazém de armas, nem armazém de mísseis … nem uma única bomba, nem uma única bala, nem nitrato” de amônio, afirmou Nasrallah, em um pronunciamento transmitido pela televisão, após acusações disseminadas por jornais e pela opinião pública locais.

Nasrallah, que descreveu a explosão como “uma tragédia humana”, também elogiou a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, a Beirute na quinta-feira 6. Macron andou pelas ruas da cidade, interagiu com a população e se reuniu com líderes políticos libaneses, incluindo representantes do Hezbollah.

“Consideramos positiva qualquer ajuda e expressão de simpatia ao Líbano e também todas as visitas ao Líbano nestes dias, principalmente se elas forem no contexto de ajudar”, afirmou.

A mega explosão em Beirute na terça-feira foi causada, segundo as autoridades libanesas, por 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenadas há seis anos em um depósito “sem medidas de precaução”, conforme reconhecido pelo próprio primeiro-ministro libanês, Hassan Diab.

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As autoridades, em primeiro momento, disseram que a detonação foi causada por um acidente dentro do galpão. O presidente do país, Michel Aoun, no entanto, disse nesta sexta-feira que ainda não se sabe a causa real do acidente, e que interferência estrangeira não é descartada. Ainda na terça, Israel negou ter qualquer participação na explosão.

O Hezbollah é uma das principais forças políticas no país e possui extensa representação no Parlamento. Ao mesmo tempo, porém, é o único ator da Guerra Civil (1975-1990) a ter mantido uma milícia armada. O partido libanês é próximo ao Irã por ambos serem da ramificação xiita dentro do Islã.

Diversos países, no entanto, consideram o Hezbollah como um grupo terrorista, como Estados Unidos e União Europeia. Um dos atentados mais conhecidos que é atribuído ao grupo, que nega autoria autoria, foram os ataques contra a Associação Mutual Israelita-Argentina (Amia), em Buenos Aires, que matou 85 pessoas, em 1992.

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