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Hezbollah diz ao Irã que lutaria sozinho em guerra contra Israel

Informação foi repassada durante encontro em Beirute, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters

Por Da Redação 15 mar 2024, 11h34

Em meio ao conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas em Gaza, o chefe da Força Quds, uma unidade especial militar do Irã, visitou Beirute em fevereiro para discutir riscos caso Israel avance contra o grupo libanês Hezbollah, disseram sete fontes distintas à agência de notícias Reuters.

Durante o encontro, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, reafirmou a Esmail Qaani, chefe da Força Quds, que não gostaria que o Irã, principal patrocinador do grupo libanês, fosse “sugado” para uma guerra com Israel ou Estados Unidos e que o Hezbollah lutaria por conta própria, disseram as fontes à Reuters.

“Esta é a nossa luta”, disse Nasrallah, segundo uma das pessoas ouvidas pela agência. Ao contrário do Líbano, o Irã nunca lutou diretamente em uma guerra contra Israel.

O líder do Hezbollah também presidiu uma reunião no Irã que durou dois dias no início de fevereiro. No encontro, estavam presentes comandantes de milícias de operações no Iêmen, Iraque e Síria, três representantes do Hezbollah e uma delegação Houthi.

“No final, todos os participantes concordaram que Israel queria expandir a guerra e cair nessa armadilha deve ser evitado, pois justificará a presença de mais tropas dos EUA na região”, disse um funcionário iraniano.

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No início desta semana, aviões de guerra israelenses atacaram o Líbano pelo segundo dia consecutivo, atingindo prédios no Vale do Bekaa e matando ao menos uma pessoa ligada ao Hezbollah. Uma fonte de segurança libanesa disse à agência de notícias AFP que outras dez pessoas ficaram feridas nos ataques que destruíram completamente um edifício na entrada de Saraaine, uma cidade a cerca de 20 quilômetros ao sul de Baalbek.

Os episódios marcam um recrudescimento do conflito entre o Hezbollah e Israel, que tem sido travado paralelamente à guerra em Gaza, e alimenta receios de um novo conflito em larga escala, a exemplo da guerra de 2006. Ataques israelenses desde outubro mataram mais de 200 combatentes do Hezbollah e cerca de 50 civis no Líbano, enquanto os ataques do Hezbollah contra Israel mataram uma dúzia de soldados israelenses e seis civis.

A escalada na região também mina os esforços diplomáticos dos Estados Unidos e da França, por exemplo, em impedir o avanço do conflito da Faixa de Gaza para outras regiões e costurar um cessar-fogo. A posição de Tel Aviv é que só há duas opções para restaurar a estabilidade na fronteira libanesa: uma solução diplomática que afastaria as forças do Hezbollah da região, a norte do rio Litani; ou uma grande ofensiva militar contra o grupo xiita, que arrastaria mais um país para a guerra.

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