Mais um ataque polêmico de Israel deixou pelo menos 30 palestinos mortos e 100 feridos na faixa de Gaza, neste sábado. O alvo foi uma escola na cidade central Deir Al-Balah, que abrigava pessoas desalojadas, de acordo com as autoridades do Hamas, que ainda informaram que entre as vítimas fatais havia mulheres e crianças. Em nota no Telegram, no entanto, Israel afirma que o local era usado como “centro de comando e controle do Hamas” e que, portanto, a escola tinha se transformado em espécie de forte rebelde, que por isso funcionava também como depósito de armas. O comunicado ainda afirma que os civis foram avisados antes do ataque.
Cenas de destruição
Vídeos postados no YouTube mostram ambulâncias chegando ao Hospital Al-Aqsa, em Deir Al-Balah, com feridos. Também há imagens de pessoas chegando a pé, com roupas manchadas de sangue. A agência Reuters mostra pessoas voltando à escola bombardeada para procurar pertences, entre escombros e fogo. O Hamas condenou o ataque (também em um comunicado no telegram). Afirma que foram mortas “pessoas deslocadas, doentes e feridas, a maioria das quais eram mulheres e crianças”. A Defesa Civil local estima que no prédio estavam abrigadas 4 000 pessoas.
Balanço de vítimas da guerra
O Ministério da Saúde do Hamas divulgou o balanço, que desde o começo do conflito, de 39.258 palestinos morreram. De acordo com a pasta, nas últimas 48 horas, os ataques fizeram 83 vítimas fatais pelo menos. Quando contabilizada as baixas em Khan Yunis, no sul da Palestina, onde começou uma operação israelense na última segunda-feira, as mortes sobem para 170. Neste sábado, Israel emitiu novo comunicado para que os moradores se retirassem da região. Desde o inicio da semana, 180 mil pessoas fugiram dos combates na cidade, segundo a agência de notícias AFP.
No início do ano, quando as operações se concentravam ao norte, quase todos os hospitais palestinos ficaram fora de serviço, devido aos bombardeios, que provocavam destruição, corte de luz e água. Os centros médicos também já entraram no alvo de Israel, que alegou serem prédios, assim como a escola Deir Al-Balah, usados para fins militares.