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Hamas confirma morte de líder Yahya Sinwar e diz que fato ‘apenas fortalecerá o grupo’ 

Segundo vice-chefe do grupo militante palestino, reféns israelenses também não serão libertados até que forças israelenses deixem Gaza

Por Da Redação
Atualizado em 18 out 2024, 11h04 - Publicado em 18 out 2024, 09h52
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  • Yahya Sinwar, chefe do Hamas, em discurso realizado em abril de 2023
    Yahya Sinwar, chefe do Hamas, em discurso realizado em abril de 2023 (Getty/Getty Images)

    O vice-chefe do Hamas e principal negociador do grupo militante palestino, Khalil Al-Hayya, confirmou nesta sexta-feira, 18, a morte do líder Yahya Sinwar. Segundo Al-Hayya, a morte será transformada em combustível para fortalecer o grupo e reféns israelenses não serão libertados até que “a agressão” em Gaza cesse e as forças israelenses deixem a área.

    “Estamos em luto pelo grande líder, o mártir Yahia Al Sinwar, que morreu como um herói, um mártir, segurando sua arma, lutando e confrontando o exército de ocupação até o fim de sua vida”, disse Al-Hayya.

    + Quem era Yahya Sinwar, líder do Hamas morto por Israel

    Na tarde de quinta-feira, o governo de Israel disse ter matado Sinwar durante um ataque na Faixa de Gaza. Considerado um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro do ano passado, que deixaram 1.200 israelenses mortos, o líder chegou ao comando da organização após a morte do seu antecessor, Ismael Haniyeh, numa suposta operação israelense na capital iraniana, Teerã.

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    O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que Sinwar “foi morto por soldados das Forças de Defesa de Israel”. Pouco depois, a morte foi confirmada pelo Exército israelense.

    Operando nas sombras de uma rede de túneis sob Gaza, duas fontes israelenses disseram à agência de notícias Reuters que Sinwar sobreviveu aos ataques aéreos israelenses no ano passado, que teriam matado seu vice, Mohammed Deif, e outros líderes importantes.

    Desde as tentativas de assassinato, após os ataques de 7 de outubro, o líder trocava de esconderijos constantemente e usava pessoas de confiança para mandar mensagens, sem aderir a comunicações digitais, de acordo com oficiais do Hamas ouvidos pela Reuters. Ele não era visto em público desde o dia dos ataques em solo israelense.

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    Sinwar chegou ao comando do Hamas após a morte do seu antecessor, Ismael Haniyeh, numa suposta operação israelense na capital iraniana, Teerã. Haniyeh, que vivia no Catar, estava no país para a posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O Hamas acusou Israel pelo bombardeio contra uma residência para veteranos de guerra que matou Haniyeh e um segurança e prometeu vingança.

    Ao contrário de Haniyeh, Sinwar nunca deixou a Faixa de Gaza e foi nomeado chefe político do grupo no enclave palestino em 2017, com raras aparições públicas. Nascido em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, ele tornou-se membro do Hamas na década de 1980. Ao todo, passou 23 anos em prisões israelenses, tendo sido libertado em 2011 em acordo de troca de prisioneiros.

    Meia dúzia de pessoas que conhecem Sinwar disse à Reuters que sua determinação foi moldada por uma infância pobre nos campos de refugiados de Gaza e pelos anos brutais sob custódia israelense, incluindo um período em Ashkelon, a cidade que seus pais chamavam de lar antes de fugirem após a guerra árabe-israelense de 1948.

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    O homem de 61 anos foi responsável por fortalecer o braço armado do grupo, as Brigadas Al-Qassam. Após 7 de outubro, conseguiu permanecer fora do radar israelense, apesar da violenta campanha de Tel Aviv em Gaza. Até o momento, mais de 40.000 palestinos foram mortos.

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