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Guaidó anuncia excursão e manifestação para reivindicar poder na Venezuela

Opositor afirma que a data e hora das visitas aos mais de 20 estados serão anunciadas com pouca antecedência para evitar que o 'tranquem' nas vias

Por EFE
9 mar 2019, 18h16

O chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido por vários países como presidente interino da Venezuela, anunciou neste sábado, 9, uma excursão pelo país e uma grande manifestação em Caracas para reivindicar o poder, desde 2013 nas mãos do chavista Nicolás Maduro.

“Vamos, toda a Venezuela a Caracas, porque precisamos de todos unidos. Neste momento anuncio meu percurso por toda a Venezuela para trazê-los a Caracas e conseguir o objetivo”, disse Guaidó em uma concentração com seus seguidores no sudoeste da capital.

O opositor afirmou que a data e hora das suas visitas aos mais de 20 estados da Venezuela serão anunciadas com pouca antecedência para evitar que o “tranquem” nas vias.

“E depois anunciaremos, então, a data quando viremos todos juntos a Caracas para exercer nossa possibilidade (de tomar o poder)”, acrescentou Guaidó em meio aos gritos de milhares de pessoas que pediam para ir ao Palácio Presidencial de Miraflores, a sede do Poder Executivo na Venezuela.

Mais cedo, dezenas de policiais tentaram dissolver a manifestação com gás lacrimogêneo e cordões de isolamento que impediam que os opositores se aproximassem da avenida Victoria, local onde os manifestantes se reuniram neste sábado.

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Guaidó teve que usar um megafone para se dirigir às milhares de pessoas que estavam desde o início da manhã na concentração, depois que a polícia desmontou durante a madrugada um palanque no qual o político faria seu discurso.

O opositor também se referiu ao blecaute que já dura 48 horas em várias regiões do país, e afirmou que 16 estados permanecem sem energia elétrica.

“Claro que é difícil dizer que estamos bem quando crianças morrem nos hospitais (por falta de eletricidade), quando massacram nossos indígenas. Sabemos que estamos em crise e por isso continuamos lutando”, afirmou.

Além disso, Guaidó alertou que se o serviço de energia elétrica não for restabelecido a Venezuela pode passar por uma crise de gasolina.

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