Grã-Bretanha autoriza extradição de Assange à Suécia
Fundador do WikiLeaks perdeu última apelação que tinha na Justiça britânica
A Suprema Corte britânica deu nesta quarta-feira sinal verde à extradição do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, para a Suécia. No país escandinavo, ele é acusado de ter cometido quatro delitos sexuais – entre eles, um estupro.
Por cinco votos a dois, a máxima instância judicial da Grã-Bretanha rejeitou o recurso da defesa de Assange, o último que o jornalista australiano podia fazer no processo.
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A justificativa da corte foi considerar que o mandado emitido pelas autoridades suecas cumpre os requerimentos legais e, assim, Assange poderá ser entregue nos próximos dias. A Justiça britânica admitiu a apelação no fim do ano passado, ao considerar que o caso de Assange levantava uma questão jurídica de “interesse geral”, sobre se um promotor tem poder para requerer uma extradição, como ocorreu no caso.
O ex-hacker nega ter cometido as quatro agressões sexuais, denunciadas por duas mulheres e pelas quais até agora ele não foi formalmente indiciado na Suécia. Assange admite, porém, ter tido relações consensuais com ambas durante um período em Estocolmo.
Desde o início, o acusado afirma que o caso tem motivação política por suas atividades no WikiLeaks. Ele teme acabar sendo extraditado aos Estados Unidos, país que buscou, até agora em vão, uma forma de acusá-lo de espionagem.
A extradição de Julian Assange para a Suécia, no entanto, pode ser mais uma vez adiada, pois ele poderá apelar para a Corte Europeia de Direitos Humanos de Estrasburgo, na França.
(Com agência EFE)