Governo sírio se diz ‘disposto’ a negociar saída de Assad
Vice-premiê, Qadri Jamil, ainda acrescentou que qualquer ameaça feita pelo presidente americano, Barack Obama, é parte de sua propaganda eleitoral
O vice-primeiro-ministro sírio, Qadri Jamil, comentou nesta terça-feira sobre a possibilidade de negociar a destituição do presidente Bashar Assad a fim de acabar com o conflito político que abala o país. “Fazer da renúncia uma condição para manter um diálogo significa que jamais poderemos ter tal diálogo. Mas, nas negociações, pode-se falar de qualquer problema. Estamos dispostos, inclusive, a falar sobre este ponto”, afirmou Jamil durante uma visita oficial a Moscou.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O vice-premiê sírio ainda disse que as “ameaças” feitas pelo presidente americano, Barack Obama, “são simplesmente propaganda relacionada às eleições americanas”, após se encontrar com seu homólogo russo, Serguei Lavrov. “Atualmente, existem diferentes manobras ligadas às eleições presidenciais nos Estados Unidos”, acrescentou.
Obama afirmou recentemente que, até o momento, não ordenou uma intervenção militar no país, mas advertiu que “podem existir enormes consequências” se forem observados “movimentos de armas químicas na frente de batalha ou se armas químicas estiverem sendo usadas”.
“Deixamos bem claro que para nós há algo que seria decisivo, caso vejamos que as armas químicas caem nas mãos das pessoas erradas. Isso mudaria significativamente minha avaliação (da situação)”, disse o mandatário em aparição surpresa na sala de imprensa da Casa Branca.
(Com agências EFE e France-Presse)