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Governo de Israel quer ‘efetivamente’ acabar com palestinos, diz Lula

Comentários foram feitos em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar no programa "É Notícia"

Por Da Redação
Atualizado em 27 fev 2024, 17h10 - Publicado em 27 fev 2024, 16h14

Em meio a uma crise diplomática, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o governo de Benjamin Netanyahu e disse que Israel comete um genocídio em Gaza ao querer “efetivamente” acabar com os palestinos. Os comentários foram feitos em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar no programa É Notícia, da RedeTV!, que vai ao ar às 22h desta terça-feira, 27.

“O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem. Não tem outra explicação”, disse. “É só você ler o depoimento dos Médicos Sem Fronteiras. (…) Pega depoimento da Cruz Vermelha. Pega criança dizendo que prefere morrer do que ser tratada do jeito que estão sendo tratadas, sem anestesia. Isso é genocídio ou não é genocídio?”.

+ Israel mata ‘intencionalmente’ civis de Gaza por fome, diz relator da ONU

“Eu considero um genocídio porque é um Exército amplamente armado atacando uma sociedade indefesa”, disse Lula, que condenou o “gesto terrorista” do grupo militante Hamas, mas disse ser hipocrisia achar que “uma morte é diferente da outra”.

A convenção internacional sobre genocídio descreve o crime como “atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”.

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Desde 7 de outubro, Israel matou quase 30 mil palestinos em Gaza, cerca de 70% dos quais são mulheres ou crianças. A UNRWA, agência das Nações Unidas que atua no enclave, estimou que 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas internamente em Gaza devido aos combates – enquanto dezenas de milhares de edifícios foram destruídos.

A investida israelense ocorreu em resposta aos ataques perpetrados pelo Hamas no sul do país, também em 7 de outubro, nos quais cerca de 1.200 pessoas foram mortas, principalmente civis, e durante os quais 240 pessoas foram sequestradas. Pouco mais de 100 reféns foram posteriormente libertados do cativeiro.

Subida de tom e crise diplomática

A declaração segue uma subida de tom de Lula em relação ao conflito entre Israel e o Hamas, assim como uma crise diplomática gerada pelos primeiros comentários do petista. No domingo, 18, o líder brasileiro comparou o “genocídio” na Faixa de Gaza com o Holocausto cometido pelo regime nazista de Adolf Hitler, no qual 6 milhões de judeus foram mortos.

O petista foi criticado pelo premiê Benjamin Netanyahu e foi declarado persona non grata pelo chanceler israelense, Israel Katz, que exigiu retratação.

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Katz também levou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para uma visita ao Museu do Holocausto. A situação gerou desconforto no governo Lula, que chamou Meyer de volta ao Brasil.

Na mesma semana, Katz subiu o tom e disse que a declaração de Lula foi “promíscua, delirante”, além de “um cuspe no rosto dos judeus brasileiros”. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que as manifestações são “inaceitáveis na forma, e mentirosas no conteúdo“.

O chefe do Itamaraty declarou que a maneira como Katz se dirigiu a Lula foi “algo insólito e revoltante” e acusou o chanceler israelense de “distorcer posições do Brasil” para tirar proveito em política doméstica e de tentar lançar uma “cortina de fumaça que encubra o real problema do massacre em curso em Gaza”.

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