Governo argentino diz que não há tecnologia para resgatar submarino
A embarcação, que desapareceu com 44 tripulantes há um ano, afundou em uma área de cânions depois de uma implosão
O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou neste domingo, 18, que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA San Juan, localizado no sábado a 900 metros de profundidade no Oceano Atlântico. A embarcação, que desapareceu em 15 de novembro de 2017, está em uma área de cânions no fundo do mar.
“A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2.300 toneladas de peso do fundo do mar”, afirmou Aguad.
Em entrevista a uma rádio argentina, o ministro explicou que o governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação caso necessário, mas ressaltou que, mesmo se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos.
Criticado pelos parentes dos 44 tripulantes que estavam a bordo do submarino, Aguad ressaltou que sempre disse a verdade aos familiares das vítimas e que a localização da embarcação é uma prova disso.
“Ele afundou por uma implosão, não por fatores externos. Não estou e nem estive em condições de mentir aos familiares. Não temos capacidades técnicas para trazê-lo do fundo do mar”, afirmou.
Questionado sobre a responsabilidade jurídica do governo em resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na decisão.
“Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação. A investigação vai determinar quais são as responsabilidades da Marinha”, explicou o ministro.
(Com EFE)