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Governador do distrito de Caracas e aliado de Maduro morre de Covid-19

Darío Vivas é a primeira vítima fatal, mas vários altos funcionários do governo anunciaram nas últimas semanas que testaram positivo

Por Da Redação
Atualizado em 14 ago 2020, 10h43 - Publicado em 14 ago 2020, 10h33

O governador do distrito de Caracas, o chavista Darío Vivas, morreu por complicações derivadas da Covid-19 nesta quinta-feira 13, menos de um mês após anunciar que fora diagnosticado com a doença. Vivas era aliado próximo de Nicolás Maduro.

“É com profundo pesar que recebemos a triste notícia da morte do nosso bom amigo Darío Vivas, um revolucionário, com quem compartilhamos corajosas lutas nas ruas de Caracas desde os anos 80 em defesa do povo e do país”, confirmou em redes sociais o procurador-geral, Tarek Saab, outro chavista veterano.

“Uma imensa tristeza retém nosso coração pela ida física de um grande irmão da vida, Darío Vivas. Um revolucionário a toda prova”, declarou o presidente Nicolás Maduro.

“Morreu em combate (…), cuidando da saúde e da vida de todos nós nesta dura batalha contra a pandemia”, declarou a vice-presidente Delcy Rodríguez, em meio a diversas mensagens de porta-vozes do governo de Nicolás Maduro sobre o falecimento de Vivas.

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Vivas, que tinha 70 anos, informou no dia 19 de julho que tinha contraído o coronavírus Sars-CoV-2, que causa a Covid-19, e que estava isolado em um centro médico.

O cargo de governador do distrito de Caracas, nomeado diretamente pelo presidente Nicolás Maduro, é paralelo ao de prefeito. A capital venezuelana tem um sistema de governo especial desde que a Presidência, anos atrás, criou novo o cargo para tirar o poder da prefeitura das mãos da oposição.

Vivas exercia a administração dos órgãos e funcionários do governo de Caracas, além da direção, coordenação e controle das agências governamentais. O político era também membro da Assembleia Nacional Constituinte, um órgão composto unicamente por chavistas e não reconhecido pela comunidade internacional, razão pela qual foi sancionado por Estados Unidos e Canadá.

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Parte dos venezuelanos o conheceu quando Vivas apresentou os atos da campanha de Hugo Chávez para as eleições de 2012, poucos meses antes da morte do antigo presidente por câncer.

Nicolás Maduro encarregou Vivas, como líder do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV), de organizar brigadas médicas compostas por copartidários – e não por médicos do Ministério da Saúde – para localizar casos de Covid-19.

Vários altos funcionários do governo anunciaram nas últimas semanas terem dado positivo para o novo coronavírus, entre eles Diosdado Cabello, número dois do PSUV e presidente da Assembleia Constituinte, Jorge Rodríguez, ministro de Comunicação e Informação, e Tareck El Aissami, ministro do Petróleo.

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De acordo com dados oficiais, questionados pela oposição e por organizações de direitos humanos, que os consideram subvalorizados, a Venezuela, de 30 milhões de habitantes, acumulava até a quarta-feira 29.088 contaminações confirmadas e 247 óbitos por Covid-19. Contudo, a Venezuela superou na terça-feira os 1.000 novos casos diários pela primeira vez e atingiu novamente a marca na quarta.

O governo chavista declarou uma quarentena desde meados de março. O confinamento alterna períodos de “radicalização”, que obrigam o fechamento de negócios (com exceção de supermercados, farmácias e outros comércios considerados essenciais), e períodos de “flexibilização’, que permitem a reativação do restante dos setores.

(Com EFE e AFP)

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