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Geórgia abre inquérito contra Trump por tentativa de reverter eleições

O ex-presidente chegou a ligar para oficiais estaduais pedindo a anulação de votos em seu favor; este é o segundo processo do tipo nos EUA

Por Da Redação 10 fev 2021, 14h44

Promotores do Condado de Fulton iniciaram uma investigação contra o ex-presidente Donald Trump por suas tentativas de reverter o resultado das eleições no estado da Geórgia. Entre as principais provas apresentados contra o republicano está uma ligação para o secretário responsável pela apuração no Estado, Brad Raffensperger, em que Trump o pressiona para que encontre votos suficientes para reverter sua derrota.

Nesta quarta-feira, 10, Fani Willis, promotora democrata recém-eleita pelo condado, enviou uma carta a inúmeros oficiais do estado, incluindo Raffensperger, requisitando que preserve os documentos relacionados à ligação de Trump. O documento deixa claro que o pedido faz parte de uma investigação criminal, de acordo com o jornal The New York Times.

O inquérito ocorre enquanto Trump enfrenta seu segundo julgamento de impeachment, iniciado na terça-feira 9, em Washington. O ex-presidente é acusado de ‘incitamento à insurreição’ por instigar e apoiar a multidão que invadiu o Capitólio no dia 6 de janeiro. A violência foi precedida de inúmeras alegações falsas de que as eleições presidenciais de novembro haviam sido fraudadas.

Mesmo dois meses após Joe Biden ser declarado vencedor, Donald Trump continuou seu ataque a oficiais eleitorais, incluindo Brad Raffensperger e o governador republicano, Brian Kemp, acusando-os de não fazer o suficiente para encontrar evidências que provassem as possíveis fraudes. Além da ligação para o secretário de Estado, Trump também ligou para Kemp no início de dezembro, pressionando-o a convocar uma sessão legislativa especial para anular sua derrota. Ainda em dezembro, o ex-presidente ligou para um investigador do estado e insistiu para que ele encontrasse provas de irregularidades, segundo pessoas que tiveram acesso a ligação.

Trump, porém, perdeu para o democrata Joe Biden por uma diferença de pouco mais de 7 milhões votos populares e 26 votos no Colégio Eleitoral. Na Geórgia o republicano saiu derrotado por uma diferença de 12.000 votos populares.

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A vitória de Biden na Geórgia foi reafirmada após autoridades eleitorais recontarem os votos em três oportunidades diferentes, uma delas com o auxílio de máquinas. Essa foi a primeira vitória de um candidato democrata no estado desde 1992.

O inquérito torna a Geórgia o segundo estado – depois de Nova York – a acusar Trump na Justiça. O Condado de Fulton foi um dos locais de maior apoio a Biden no estado, portanto é difícil imaginar um julgamento amigável. A investigação ocorre logo após o escritório de Brad Raffensperger iniciar um inquérito administrativo na segunda-feira.

Caso o ex-presidente seja condenado em um desses estados, um perdão federal não poderá ser aplicado. Na Geórgia, ainda que a relação com o governador não tivesse abalada pelos atos pós eleição, o perdão não é dado pelo governador, mas apenas pelo conselho estadual de perdões e liberdade condicional.

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