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General sequestrado pelas Farc pede baixa do Exército

Rubén Darío Alzate afirmou que, durante os 14 dias em cativeiro, foi mantido algemado. Ele também teve de dar explicações sobre o porquê de não estar com seguranças no dia do sequestro

Por Da Redação
2 dez 2014, 07h58
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  • O general Rubén Darío Alzate, que permaneceu 14 dias em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), pediu baixa do Exército depois de ser libertado, no domingo. “Por minha honra militar, que respeitei durante 35 anos, e por amor à nossa instituição militar, que por este fato foi afetada, solicitei ao governo minha retirada do serviço ativo”, declarou em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira.

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    O general afirmou que durante o período em que esteve em cativeiro, junto com a advogada Gloria Urrego e o cabo Jorge Rodríguez, foi ameaçado de morte caso tentasse escapar, obrigado a marchar diariamente por mais de oito horas na selva e permaneceu o tempo todo algemado. Durante a noite, era amarrado junto com Rodríguez, contou.

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    Também teve de dar explicações sobre fotografias em que aparece abraçado com um chefe da narcoguerrilha conhecido como Pastor Alape, que viajou de Cuba para Chocó para coordenar sua libertação. “Fui forçado a fazer parte de um ‘show midiático'”, disse, indicando que a imagem foi uma tentativa de afetar sua honra militar.

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    O chefe dos negociadores do governo, Humberto de la Calle, rejeitou o uso da imagem, afirmando que “isto não estava acertado”, antes de viajar a Havana para se reunir com os delegados das Farc. O presidente da Associação Colombiana de Oficiais Reformados, general Jaime Ruiz, disse à imprensa que a imagem “desmoraliza a tropa” e faz parte da “estratégia de propaganda” da guerrilha.

    Questionamentos sobre o que teria levado o general a ir ao vilarejo de Las Mercedes, sem esquema de segurança e vestido como um civil, foram constantes desde o sequestro, no dia 16 de novembro. Alzate explicou que coordenava um plano de desenvolvimento que levaria energia elétrica para a região, e que encarou como medidas de segurança a ausência de informações sobre sua rota e destino final. Afirmou ainda que seu objetivo, ao aparecer na região vestido como um civil, era “fortalecer a confiança” com a comunidade, segundo declaração reproduzida pela revista Semana em sua versão online.

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    Negociações – O sequestro levou o presidente Juan Manuel Santos a suspender as negociações de paz com as Farc, iniciadas em novembro de 2012 e que ainda não apresentaram resultados concretos. O governo colombiano afirmou que seus delegados vão avaliar o diálogo de forma “fria e objetiva”, antes da retomada das conversas.

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    “Eles vão por alguns dias [a Havana, palco das negociações] para avaliar onde está o processo, para onde vamos, e para fazer uma avaliação fria, objetiva, para ver como podemos prosseguir”, disse o presidente em um programa de televisão institucional.

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    A primeira reunião entre os representantes do governo colombiano e do grupo rebelde está prevista para esta terça-feira.

    (Com agência France-Presse)

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