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G20: ‘debate acalorado’ marca preparação para o encontro

Conversas que antecedem chegada de chefes de estado não têm consenso

Por Da Redação
10 nov 2010, 07h20
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  • “Cada país tem sua posição. Por enquanto, nenhum deles quer ceder”, disse um dos porta-vozes do encontro, Kim Yoon-Kyung

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    Os chefes de estado dos países do G20, o grupo que reúne as potências econômicas mundiais e as principais nações emergentes do planeta, começaram a chegar a Seul nesta quarta-feira para uma cúpula de dois dias – e, por enquanto, não há perspectiva de consenso para seu encontro. Nesta quarta, a agenda começou com uma conferência econômica, para discutir o papel dos negócios no crescimento equilibrado e sustentável da economia. Na quinta, na reunião de presidentes e premiês, existe o risco de a reunião não resolver absolutamente nada – afinal, ainda não há sinais de que os países tenham se aproximado de acordos em temas polêmicos, como as questões cambiais e comerciais.

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    Os grandes astros do encontro, como o presidente americano Barack Obama e o chinês Hu Jintao, só entram na reunião na quinta. Os negociadores de cada país já trabalhavam desde a manhã desta quarta para costurar um texto que possa ser aprovado na sexta-feira pelos chefes de estado e de governo. Em meio a discussões acirradas, estão distantes de alcançar um acordo. “O debate está sendo tão acalorado que, quando entrei na sala onde estavam reunidos, tive de deixar a porta aberta”, disse aos jornalistas um dos porta-vozes da cúpula, Kim Yoon-Kyung. “Cada país tem sua posição. Por enquanto, nenhum deles quer ceder”, revelou Kim.

    Outra reunião estava prevista para esta quarta-feira, mas por enquanto a falta de acordo sobre assuntos como a desvalorização de divisas, a expansão monetária dos Estados Unidos e a brecha que existe entre o superávit dos emergentes e o déficit dos mais ricos deixou espaços em branco na minuta do comunicado final da cúpula. No entanto, há alguns avanços em outros temas da pauta, como o investimento em desenvolvimento, o combate à mudança climática e uma reforma na partilha de poder no Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse último ponto, porém, já era considerado resolvido antes mesmo da cúpula, pois a reforma já tinha sido aprovada pelo próprio Conselho Executivo do FMI.

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    A ameaça de uma guerra cambial poderá ofuscar esses escassos acordos se a reunião do G20 não conseguir chegar a consensos em outros temas. O G20 é integrado pela União Europeia (UE), pelos países do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França) e também por Coreia do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia. Juntos, os países são responsáveis por nada menos que 85% da economia do planeta. Por causa da importância do evento, a ida à reunião será o primeiro compromisso presidente eleita Dilma Rousseff depois da vitória nas urnas. Ela já chegou a Seul.

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    ‘Palpites’ do Brasil – Na véspera de embarcar para Seul para participar da reunião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não apresentará propostas na reunião, mas vai discutir alternativas e que “dará palpites” – segundo ele, como sempre fizeram os países ricos com o Brasil e com os países pobres e em desenvolvimento em momentos de crise. O brasileiro provocou, dizendo que os países ricos devem ter “humildade de aprender” com o Brasil. Lula também voltou a defender a criação de mecanismos de fiscalização do sistema financeiro, de forma que novas crises internacionais como a que prejudicou o mundo nos últimos anos sejam evitadas.

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    O presidente voltou a criticar as medidas que propiciam a guerra cambial e evitou polemizar com o presidente americano Barack Obama – que, ao defender a injeção de 600 bilhões de dólares na economia do país mais rico do mundo, disse que “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o mundo”. Questionado sobre essa declaração, Lula disse que concordava “em parte” com o que Obama disse. Segundo o brasileiro, “a verdade é que o que é bom para os Estados Unidos é bom para os Estados Unidos e o que é bom para o Brasil, é bom para o Brasil. Se a gente entender assim, melhor, mais claro, e mais soberano será o comportamento de cada país”.

    (Com agência EFE e Agência Estado)

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