O furacão Helene causou pelo menos 48 mortes e deixou milhões sem eletricidade no sudeste dos Estados Unidos, após atingir a costa da Flórida na noite de quinta-feira, 26. A tempestade entrou na região como um furacão de categoria 4, provocando inundações severas e deslizamentos de terra que se espalharam por quase 1.200 quilômetros, desde o sul da Flórida até as montanhas dos Apalaches. Ao menos 20 pessoas morreram na Carolina do Sul, 15 na Geórgia, 7 na Flórida, uma na Virgínia e uma na Carolina do Norte, segundo o balanço mais recente das autoridades locais.
Na área de Tampa Bay, muitos bairros ficaram submersos, enquanto a tempestade quebrou árvores, postes de energia e danificou casas. O Helene se moveu rapidamente para o leste, evitando um impacto direto na capital da Flórida, Tallahassee, mas a região conhecida como Big Bend sofreu danos significativos.
“Parece que uma bomba nuclear explodiu”, descreveu Michael Bobbitt, morador de Cedar Key ao The New York Times.
A tempestade cortou a energia de mais de 6 milhões de clientes em vários estados, incluindo Flórida, Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Kentucky, Tennessee e Virgínia. Os aeroportos de Tampa e Tallahassee precisaram ser fechados.
As autoridades estão monitorando a situação, com a expectativa de que as inundações causadas pela tempestade diminuam lentamente nas próximas horas. Autoridades recomendaram que as pessoas aguardem até que as águas baixem e tenham cuidado com linhas de energia caídas. O Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) informou que o furacão perdeu força e agora é considerado uma tempestade tropical.
Situação na Carolina do Norte
A Carolina do Norte está enfrentando os efeitos mais severos do Helene, com inundações e deslizamentos de terra, especialmente na parte oeste do estado. O governador Roy Cooper alertou para “enchentes repentinas com risco de morte” e destacou que esta pode ser uma das piores tempestades da história moderna para a região.
Em todo o estado, mais de 875.000 cortes de energia foram relatados, e 290 estradas estavam fechadas até a manhã de sexta-feira. Equipes de resgate realizaram mais de 100 intervenções em situações de risco.
As autoridades continuam monitorando a situação e aguardam mais chuvas até sábado, com alertas de que o risco de inundações severas pode persistir por mais tempo.