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França manda Apple retirar iPhone do mercado por nível elevado de radiação

Decisão se dá após celular ter falhado em dois testes de ondas eletromagnéticas que podem ser absorvidas pelo corpo

Por Da Redação
Atualizado em 13 set 2023, 19h41 - Publicado em 13 set 2023, 15h38
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  • A Agência Nacional de Frequências (ANFR) da França ordenou nesta terça-feira, 13, que a Apple interrompa as vendas do iPhone 12 sob alegações de que o dispositivo emite níveis elevados de radiação, superando os limites impostos pela União Europeia (UE). A decisão se dá após o celular ter falhado em dois testes de ondas eletromagnéticas que podem ser absorvidas pelo corpo promovidos pela instituição e um dia depois do lançamento do novo modelo da empresa, o iPhone 15.

    A agência francesa avaliou 141 smartphones e chegou à conclusão de que o iPhone 12, no bolso e na mão, libera 5,74 watts de energia eletromagnética, absorvida por contato pelo portador. Quando na jaqueta ou em bolsas, o celular não ultrapassa o limite previsto pela UE, de até 4 watts.

    iPhone 12 com aviso 'Não está à venda' na loja da Apple em Paris, na França. 13/09/2023
    iPhone 12 com aviso ‘Não está à venda’ na loja da Apple em Paris, na França (Mohamad Salaheldin Abdelg Alsayed/Anadolu Agency/Getty Images)

    Não se sabe ainda o porquê de ter sido apenas o modelo de 2020 o único a não superar os padrões da ANFR. O ministro do setor digital, Jean-Noël Barrot, adiantou à rádio France Info que o aparelho não prejudicará a saúde dos usuários, já que os testes registraram padrões inferiores aos limites sugeridos por estudos científicos, mas ressaltou que “regra é regra”.

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    + Apple anuncia iPhone 15 com conector mais comum

    A declaração do ministro foi endossada por especialistas, como o diretor de física médica do grupo hospitalar britânico Royal Berkshire, Malcolm Sperrin. Ele disse que qualquer consequência à saúde é “improvável” e que o problema pode ser revertido através de uma atualização, que previna a exposição à radiação aos padrões recomendados, no dispositivo.

    Apesar da ausência de explicações sobre a alta incidência no iPhone 12, Sperrin acredita que “pode estar associada ao estágio inicial da conexão, quando o telefone está ‘procurando’ um sinal de transmissão/recepção”.

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    A agência, por sua vez, solicitou a Apple que “implemente todos os meios disponíveis para corrigir rapidamente esse mau funcionamento”. Caso o pedido não seja acatado, a gigante de tecnologia precisará recolher os IPhone 12 já vendidos.

    + Apple lança iPhone 15 em evento com transmissão pela internet

    Em resposta, a empresa americana destacou que o aparelho recebeu múltiplos certificado de órgãos internacionais e está em conformidade com todos os regulamentos relacionados à radiação ao redor do globo. A empresa informou, ainda, que enviou para a agência francesa resultados de laboratórios, tanto próprios quanto terceirizados, que atestam a regularidade do celular. A Apple, inclusive, anunciou o iPhone 15 nesta terça-feira, 12.

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    Os smartphones foram considerados “possivelmente” cancerígenos por uma das pastas da Organização Mundial de Saúde, estando na mesma categorias do café e do pesticida DDT. A entidade indica, contudo, que a radiação dos celulares não danifica diretamente o DNA humano, como no caso dos raios X e da luz ultravioleta.

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