França deve arcar com custo total de abortos em 2013
No país, procedimento é legal nas 12 primeiras semanas de gestação. Cerca de 220 mil interrupções voluntárias de gravidez são praticadas anualmente
O governo da França deve assumir o custo total dos abortos no país a partir do próximo ano, no âmbito de um projeto de lei de financiamento de seguridade social que deve ser apresentado pela ministra de Saúde, Marisol Touraine, na próxima segunda-feira, publicou o jornal Les Echos nesta quinta-feira.
A decisão de pagar a totalidade das interrupções voluntárias da gravidez era uma das promessas eleitorais do atual presidente, o socialista François Hollande, que foi eleito em maio deste ano.
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Custo estatal – Atualmente, o estado arca com 80% dos custos dos abortos cirúrgicos – que, como o próprio nome diz, são realizados por meio de intervenções cirúrgicas – e 70% do aborto médico, que é induzido por medicamentos. Segundo um estudo feito há três anos pela Inspeção Geral de Assuntos Sanitários da França, os abortos têm um custo total de cerca de 70 milhões de euros (cerca de 183 milhões de reais), dos quais, até o momento, o estado pagava 55 milhões (aproximadamente 143,8 milhões de reais).
Em média, uma interrupção voluntária de gravidez cirúrgica praticada em uma clínica particular chega a 450 euros (cerca de 1.177 reais) enquanto um aborto com remédios custa 190 euros (497 reais).
Histórico – Na França, o aborto é legal nas 12 primeiras semanas de gravidez. Por volta de 220 mil interrupções voluntárias são praticadas anualmente.
(Com Agência EFE)