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França declara ‘controlada’ epidemia de Covid-19 no país

Possibilidade de novo decreto de confinamento é 'extremamente baixa', disseram autoridades. OMS fez alerta de que a pandemia 'não acabou'

Por Da Redação
Atualizado em 25 fev 2021, 10h13 - Publicado em 5 jun 2020, 09h44
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  • A epidemia da Covid-19 está “sob controle” na França e a possibilidade de o país decretar um novo confinamento da população é “extremamente baixa”, mesmo que haja uma segunda onda, disse nesta sexta-feira, 5, o presidente do comitê científico que aconselha o governo, Jean-François Delfraissy. A Organização Mundial da Saúde (OMS), contudo, alertou que o risco “não acaba até que vírus não esteja em qualquer lugar do mundo”.

    Em entrevista à rádio France Inter, Delfraissy reconheceu que o vírus “continua circulando”, especialmente na região de Paris, mas o faz “em velocidade lenta”, o que reduziu drasticamente o número de infecções diárias.

    No momento mais dramático da pandemia em março, cerca de 80.000 novas infecções eram detectadas por dia. Agora, em média, são 1.000 casos diariamente, segundo o professor, que destacou essa “redução significativa”. Junto com ela, Delfraissy afirmou que o país se equipou com “os meios para detectar novos casos”.

    “Temos os testes, temos um sistema de isolamento e detecção de pessoas infectadas que nos permite evitar a propagação”, disse o cientista, que chefia o comitê que aconselha o governo. Esse grupo de cientistas identificou quatro cenários para a evolução da pandemia, que vão desde seu controle, no qual Delfraissy coloca atualmente o país, até uma “degradação crítica” que assolou as autoridades, como aconteceu em março.

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    Ela salientou que o cenário mais possível para a França é o primeiro, no qual a pandemia está sob controle, como é atualmente graças ao confinamento e que “parece que o vírus é sensível a uma certa temperatura”.

    Se o quarto cenário for alcançado, Delfraissy afirmou que será “extremamente difícil” decretar um novo confinamento geral “por razões humanas, sociais, econômicas e também sanitárias”, pois essa medida também tem consequências para a saúde. Diante disso, ele defendeu medidas restritivas nas grandes cidades e, acima de tudo, o confinamento voluntário da população mais vulnerável, incluindo em asilos.

    “Agora sabemos que os jovens podem tolerar essa doença, podem ser infectados sem episódios graves. Podemos deixar o vírus circular entre a população mais jovem. Depois, há a população mais velha e mais frágil, as casas de repouso, que estão mais em risco”, afirmou.

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    Delfraissy reconheceu que a Alemanha administrou a crise melhor do que a França, que fez a mesma coisa como a “Itália e Espanha”, mas agora “a situação é semelhante”, pois houve um movimento para generalizar os testes.

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    Nesta sexta, porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS)  alertou que alguns países viram “repiques” de casos de Covid-19 com o relaxamento do lockdown, e pediu que a população continue a se proteger.

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    “Sobre repiques, sim, vimos em países ao redor do mundo –não estou falando especificamente da Europa– quando lockdowns foram relaxados, quando as medidas de distanciamento social foram afrouxadas, as pessoas às vezes interpretam isso como ‘ok, acabou'”, disse a porta-voz da OMS Margareth Harris em briefing da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

    “Não acabou. Não acaba até que o vírus não esteja em qualquer lugar do mundo”, disse ela, acrescentando que os manifestantes que têm ido às ruas em atos contra o racismo nos Estados Unidos têm de tomar precauções quando se reúnem.

    (Com EFE e Reuters)

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