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Forças russas amortecem choque entre militares turcos e curdos na Síria

Rússia assume posição estratégica deixada pelos Estados Unidos, que retiraram suas tropas da região e permitiram avanço do Exército da Turquia

Por Redação
Atualizado em 15 out 2019, 19h43 - Publicado em 15 out 2019, 18h37
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  • Nos arredores da cidade de Manbij, na Síria, veículos e soldados da Rússia começaram a serem vistos nesta terça-feira, 15, patrulhando a região ao lado das tropas do ditador sírio, Bashar Assad. Em Ancara, o presidente da Turquia, Recep Erdogan, aceitou realizar uma visita à Moscou. As movimentações apontam para um novo papel do presidente russo, Vladimir Putin, em território sírio: o de amortecedor de potenciais massacres entre turcos e curdos.

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    Segundo o Ministério de Defesa russo, seus militares foram alocados no meio do caminho entre o Exército turco, de um lado, e as forças de Assad e do Exército Democrático Sírio (SDF), que inclui as milícias curdas, do outro. O objetivo será impedir embates diretos, mas não há sinal de que Ancara vai parar seu avanço contra Manbij.

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    A posição russa no conflito foi reiterada pelo enviado especial da Rússia na Síria, Alexander Lavrentyev, que disse que trocas de tiros entre o Exército turco e o de Assad são “inaceitáveis” e que Moscou não iria deixar isso acontecer. O recado parece ter dado resultado. Erdogan concordou com a necessidade de evitar um confronto direto entre Síria e Turquia e afirmou que fará uma visita de trabalho a Moscou para conversar com os russos. Até o momento, o presidente turco se mostrava inflexível a todas as formas de pressão para conter sua ofensiva, mesmo após as sanções impostas pelos Estados Unidos.

    Manbij é considerada estratégica pela sua posição, porque, a partir dela, inicia-se a rodovia M-4, que corta todo o norte da Síria, passando por Tal Abyad e Ras Ain. Essas são as cidades onde ocorrem os combates entre os turcos e o SDF.

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    Durante a guerra civil síria, que teve início em 2011, Manbij passou das mãos de Assad para as dos rebeldes sírios, que a perderam para o Estado Islâmico (EI). Por fim, foi tomada pelos curdos, aliados dos americanos, em 2016. Desde então, nenhum soldado governista entrou na cidade. Na manhã desta terça-feira, entretanto, bandeiras da Síria foram hasteadas no centro de Manbij.

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    Os Estados Unidos mantinham uma base militar próxima da cidade, mas as instalações foram abandonadas na segunda-feira 14. Vídeos nas redes sociais mostram soldados e jornalistas russos dentro do complexo militar esvaziado às pressas:

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    Desde o início da invasão turca, chamada ironicamente por Ancara como Operação Primavera da Paz, somente o Catar, a Hungria e o grupo palestino Hamas declararam apoio público à Turquia. Os países Europeus e da Organização do Tratado Norte (Otan) suspenderam a venda de armas para a Turquia.

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    A Turquia avança pelo norte da Síria há uma semana. O objetivo de Erdogan é eliminar todos os “terroristas”, como classifica os grupos armados curdos na região, para criar uma “zona de segurança”de  100 quilômetros adentro de território sírio. Ali, o governo turco pretende reassentar os cerca de 3 milhões de refugiados sírios abrigados pela Turquia.

    A ofensiva já forçou a saída de 160.000 pessoas de suas casas, sendo que é esperado que esse número aumente para 300.000 nas próximas semanas. Até o momento, 160 civis foram mortos e a Turquia é acusada de executar sumariamente lideranças curdas.  Após a saída completa americana, a Rússia e a Turquia serão os únicos Exércitos estrangeiros presentes na região.

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