Finlândia entra formalmente na Otan, que dobra fronteira com a Rússia
País fez pedido de adesão há nove meses atrás; a vizinha Moscou afirma que medida aumenta risco de conflito
![Finnish and Nato flags flutter at the courtyard of the Foreign Ministry in Helsinki, Finland, ahead of accession to the North Atlantic Treaty Organization (NATO) on April 4, 2023. - Finland becomes the 31st member of NATO, in a historic strategic shift provoked by Moscow's war on Ukraine, which doubles the US-led alliance's border with Russia. (Photo by Antti Hämäläinen / Lehtikuva / AFP) / Finland OUT](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/04/000_33CL9AV.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A Finlândia tornou-se oficialmente um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta terça-feira, 4. O país nórdico fez seu pedido de adesão em julho de 2022, junto à Suécia, que ainda aguarda sinal verde para entrar na aliança.
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O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, concluiu o processo de adesão entregando um documento oficial ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, na sede da Otan em Bruxelas.
O país resolveu o último impasse na semana passada, quanto parlamento da Turquia, já integrante da aliança, aprovou sua entrada. Com isso, o país nórdico fica automaticamente protegido por todos os membros da aliança militar ocidental, como os Estados Unidos.
Ou seja, caso o território finlandês seja invadido, soldados da Otan são automaticamente convocadas para intervir e para defendê-lo.
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A Rússia, vizinha da Finlândia, afirmou que adesão aumenta risco de conflito. O país nórdico divide 1.300 quilômetros de fronteira com o território russo, e sua entrada na aliança militar ocidental mais que dobra a fronteira total de seus membros com a nação em guerra contra a Ucrânia.
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O governo russo já anunciou retaliações. Em declaração nesta terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou “será forçada a tomar medidas para assegurar a segurança da Rússia” em resposta à entrada da Finlândia na Otan.
Ele chamou a decisão do país vizinho de uma “ameaça hostil” à segurança do território russo.