A russa Darya Dugina, filha do filósofo Alexander Dugin — considerado um guru de Vladimir Putin —, foi morta em um atentado na noite de sábado, 20. O veículo em que a jornalista e cientista política viajava, um Toyota Land Cruiser, explodiu nos arredores de Moscou.
A agência de notícias estatal russa TASS citou Andrei Krasnov, alguém que conhecia Dugina, dizendo que o veículo pertencia a seu pai e que ele provavelmente era o alvo pretendido. De acordo com o jornal do governo russo Rossiiskaya Gazeta, pai e filha estavam participando de um festival nos arredores de Moscou e Dugin decidiu trocar de carro no último minuto.
Darya Dugina nasceu em 1992 e se formou em filosofia pela Lomonosov Moscow State University. A jornalista apoiou amplamente as ideias de seu pai, considerado um ultranacionalista e defensor da invasão na Ucrânia, e apareceu na TV estatal para oferecer apoio às ações da Rússia no país invadido.
“Segundo os investigadores, em 20 de agosto, por volta das 21h, no distrito urbano de Odintsovo, perto da vila de Bolshiye Vyazemy, um artefato explosivo, presumivelmente instalado no Toyota Land Cruiser, explodiu em uma via pública e o carro pegou fogo. A motorista morreu no local”, informou o Comitê de Investigação da Rússia em rede social.
O serviço de imprensa acrescentou que, neste momento, peritos forenses, investigadores e especialistas em engenharia de explosivos continuam a inspecionar o local do incidente.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia especulou que a Ucrânia poderia estar por trás do ataque. O que o país nega. “Confirmo que a Ucrânia, é claro, não teve nada a ver com isso porque não somos um estado criminoso, como a Federação Russa, e além disso não somos um estado terrorista”, disse o assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak.