Ao menos cinco pessoas que participaram de uma festa na Casa Branca na noite da eleição dos Estados Unidos, na terça-feira 3, testaram positivo para o novo coronavírus. A reunião promovida pela campanha de reeleição do presidente Donald Trump para acompanhar a apuração dos resultados contou com dezenas de convidados, quase todos sem máscaras de proteção.
Os casos mais recentes, relatados nesta quarta-feira, 11, envolvem o diretor de assuntos políticos da Casa Branca, Brian Jack, e a ex-assessora presidencial Healy Baumgardner, que confirmou o diagnóstico à rede americana CNBC. Ela participou do evento como convidada do advogado pessoal do presidente, Rudy Giuliani.
As outras três pessoas que participaram da festa e foram diagnosticadas com Covid-19 são: Mark Meadows, chefe de gabinete de Casa Branca; Ben Carson, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano; e David Bossie, chefe da equipe jurídica encarregada de apresentar recursos judiciais contra os resultados em alguns estados onde os republicanos denunciam fraude eleitoral.
Antes dos casos mais recentes, ao menos 28 autoridades ligadas ao governo ou à campanha de reeleição testaram positivo em setembro ou outubro, incluindo o próprio Trump, sua esposa, Melania, e seu filho mais novo, Barron.
No mesmo dia em que Trump deixou o hospital, após passar três dias internado, a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, comunicou que foi diagnosticada com a doença. A lista também inclui o guarda-costas de Trump, Nick Luna, um assessor de imprensa não identificado, a ex-conselheira da Casa Branca, Kellyanne Conway, o gerente de campanha de Trump, Bill Stepien, a presidente do Comitê Nacional Republicano, Ronna McDaniel, o ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, e os senadores republicanos Thom Tillis, Mike Lee e Ron Johnson.
Ao menos 14 das 28 autoridades participaram de um evento em 26 de setembro no Roseiral da Casa Branca para a então indicada de Trump à Suprema Corte, a juíza Amy Coney Barrett, segundo a CNBC.
O governo tem sido amplamente criticado por sua resposta lenta à pandemia, incluindo afirmações do presidente que minimizam os efeitos da doença. No total, o país soma quase 10,5 milhões de casos, incluindo 241.075 mortes. Atualmente, os EUA registram mais de 100.000 novos casos todos os dias.