Fenômeno do ‘domo de calor’ volta e ameaça os EUA com temperatura extrema
País já tem 22 mil bombeiros atuando no combate aos incêndios florestais na região oeste
Uma onda de calor extensa de de intensidade incomum começa a atingir grande parte dos Estados Unidos a partir desta segunda-feira, 26. Batizado como domo ou cúpula de calor, o fenômeno se estenderá por todo o país ao longo da semana semana, segundo a previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional. Essa é a segunda vez que o domo de calor atinge os americanos. Em junho, os estados do Oregon, Califórnia e Washington, além de parte do Canadá, enfrentaram temperaturas de 50ºC.
Desta vez, o alerta vale para as Grandes Planícies, Grandes Lagos, a parte norte das Montanhas Rochosas, o Noroeste do Pacífico e a Califórnia. Mesmo lugares acostumados a verões mais amenos devem enfrentar calor severo, com temperaturas esperadas de ultrapassar 37°C na Dakota do Norte e Montana. Áreas de estados incluindo Missouri, Arkansas e Oklahoma podem ter temperaturas “sufocantes” chegando a 43°C, enquanto cidades como Des Moines, Minneapolis e Chicago terão um calor significativamente acima da média.
A onda de calor provavelmente trará tempestades e relâmpagos em algumas áreas, bem como piorará as condições de seca classificadas como severas ou excepcionais que agora cobrem dois terços da Oeste dos EUA .
Os Estados Unidos registram atualmente 86 incêndios florestais no oeste do país, alimentados por altas temperaturas e seca extrema na região, o que fez com que 22 mil bombeiros fossem acionados em 12 estados.
O Centro Nacional contra Incêndios dos EUA (NIFC, pela sigla em inglês) emitiu um alerta de que o oeste americano, nos próximos dois dias, está sob condições de extremo calor, o que dificultará o trabalho de controle das chamas.
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Cientistas do clima disseram a subida nos termômetros é impulsionada pelas mudanças climáticas provocadas pelo homem — mas admitem estar surpresos com a intensidade do que se vê este ano. O calor, que causou a morte de centenas de pessoas em cidades como Seattle e Portland, onde atingiu 46°C, fez com que vários pesquisadores questionassem suas estimativas anteriores de como a crise climática pode remodelar a gravidade da onda de calor.