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Falta de pilotos e comissários nos EUA abre alas para imigração brasileira

Escritório de Estatísticas do Trabalho americano diz que país precisará de mais de 140 mil novos pilotos na próxima década

Por Amanda Péchy
28 jun 2023, 15h54
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  • Faye Malarkey Black, CEO da Regional Airline Association (RAA), grupo representante de companhias aéreas americanas, emitiu um aviso sombrio há dois meses. “A escassez de pilotos aéreos no país já resultou em um colapso no serviço aéreo“, disse ela. Segundo especialistas em imigração brasileira para os Estados Unidos, contudo, a notícia pode não ser tão ruim assim.

    O Escritório de Estatísticas do Trabalho Americano avaliou recentemente que, ao longo da próxima década, o país onde há mais de 20 mil aeroportos precisará de 140 mil novos pilotos. Isso porque, como Faye explicou ao Congresso, em abril, a indústria aérea dos Estados Unidos está prestes a ser atingida por um “tsunami de aposentadorias de pilotos“.

    Segundo a CEO da RAA, a escassez de profissionais no país deve diminuir a disponibilidade de voos para passageiros e, consequentemente, aumentar as tarifas.

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    A notícia chamou a atenção de pilotos e comissários de bordo brasileiros em busca de oportunidades de emprego na nação norte-americana – e do famigerado American dream. De acordo com Pedro Botelho, CEO da Yellow Visa, startup especializada em imigração para os Estados Unidos, brasileiros interessados e capacitados podem garantir uma boa oportunidade de viver lá.

    “Desde a pandemia, a quantidade de pilotos diminuiu. Agora, passageiros podem ficar cinco horas dentro do aeroporto esperando o voo”, afirma Botelho.

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    O empresário relembrou do episódio ocorrido na Parada do Orgulho LGBTQIA+, no último domingo 25, em Nova York. Foram tantos visitantes de diferentes estados, e até mesmo países, que alguns aeroportos tiveram que remanejar os voos devido à falta de mão de obra no setor.

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    Profissionais aéreos que buscam morar nos Estados Unidos passam por um processo do visto semelhante ao de qualquer pessoa, explicou Botelho. A única diferença é que o piloto precisa passar por uma entrevista para dizer quantas horas de voo possui.

    “Para saber se o profissional é elegível ao visto EB2-NIW, a contagem de horas de viagem é essencial. A partir daí, serão verificados os cursos, certificados, quantas línguas o candidato fala, quais aeronaves pilota, e por aí vai”, destaca, referindo-se à solicitação do Green Card, baseado no Interesse Nacional dos Estados Unidos de que um estrangeiro contribua para o mercado de trabalho americano.

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    “A partir desse processo, é montado o pleito imigratório baseado na categoria específica de piloto. O tempo de finalização dura de 12 a 24 meses”, acrescentou.

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    Botelho ressaltou, ainda, que este visto não é limitado apenas aos pilotos.

    “Companhias aéreas estão com escassez de mão de obra entre os staff members que atuam neste segmento, como comissários de bordo, engenheiros aeronáuticos e funcionários de manutenção. Todas as ocupações possuem um ótimo retorno financeiro além da chance de viver nos Estados Unidos”, completou o CEO da Yellow Visa.

    A empresa de Botelho, do grupo HW, já aprovou mais de 50 mil Green Cards para os Estados Unidos em 27 anos.

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