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Extrema-direita fracassa em eleições regionais cruciais na Itália

Caso partido Liga vencesse, o líder Salvini poderia abalar coalizão do governo e pedir novas eleições

Por Da Redação
27 jan 2020, 18h28
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  • O político italiano Matteo Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga, sofreu uma dura derrota neste domingo, 26, quando a legenda fracassou nas cruciais eleições regionais de Emilia-Romagna. Caso vencesse, Salvini poderia derrubar o governo central e pedir eleições antecipadas.

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    O líder de extrema-direita tuitou no sábado passado sobre o “aviso de despejo” que esperava dar ao governo em caso de vitória. Contudo, o atual presidente da região, Stefano Bonaccini, do Partido Democrático, obteve 51,4% dos votos, enquanto a candidata da Liga, Lucia Borgonzoni, conseguiu 43,6%.

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    O resultado foi importante para a frágil coalizão que governa a Itália, formada pelos Democratas e pelo antissistema Movimento 5 Estrelas, que temia uma vitória da direita neste reduto tradicionalmente esquerdista.

    Governada pela esquerda desde a queda do fascismo, a região é o orgulho de todo país por seu modelo econômico e estilo de vida. “A Emilia-Romagna continua sendo vermelha”, afirma a manchete do jornal local “Il Resto del Carlino”.

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    Sardinhas contra Salvini

    Matteo Salvini, que lidera as pesquisas em nível nacional com cerca de 30% das intenções de voto, foi expulso do governo em agosto do ano passado, depois de sua tentativa fracassada de derrubar a coalizão entre seu partido e o Movimento Cinco Estrelas (M5S) para convocar novas eleições.

    Uma vitória em Emilia-Romagna seria uma repetição da façanha na Umbria, que em outubro passado escolheu pela primeira vez na história um governo de direita com 57% dos votos.

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    Só que, um mês após essa vitória simbólica do Liga, ebuliu na Itália um movimento social de mote simples: contra o populismo e a xenofobia. Salvini, que politizou os sentimentos anti-imigração e anti-União Europeia fortalecidos pela crise econômica, era o principal alvo das críticas do grupo, apelidado de “Sardinhas” por sua capacidade de lotar praças e ruas em movimentos pacíficos.

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    O objetivo do grupo era mobilizar o eleitorado – e funcionou. O índice de participação foi recorde, com 67,1%, quase o dobro do registrado em 2014. Os eleitores se mobilizaram, sobretudo, em cidades como Bolonha e Reggio Emilia.

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    Após uma série de manifestações, que atingiram o auge no meio de dezembro passado, chegando a reunir mais de 100.000 pessoas na Piazza San Giovanni, em Roma, os Sardinhas anunciaram que sua missão foi encerrada no domingo.

    “Abaixamos a cortina, não vamos fundar um partido”, publicaram no Facebook. Matteo Salvini, enfraquecido, se consolou com a vitória na Calábria, sul da península, onde seu candidato, Jole Santelli, superou por 20 pontos o rival de esquerda.

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    (Com AFP)

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