Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Extrema-direita deve voltar ao poder na Itália, indicam projeções

Partido de Giorgia Meloni, que usa slogan de Mussolini, obteve a maioria dos votos nas eleições deste domingo, segundo as pesquisas de 'boca de urna'

Por Redação
Atualizado em 25 set 2022, 20h48 - Publicado em 25 set 2022, 20h47

Em eleição com recorde de abstenções, a Itália deve eleger o governo mais alinhado com a extrema-direita desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Segundo as primeiras pesquisas de boca de urna, divulgadas neste domingo, 25, a coalisão liderada por Giorgia Meloni, líder do partido neofascista Irmãos da Itália, conquistou entre 43 e 47% dos votos, dando à direita radical a maioria, e consequente controle, das duas casas do parlamento italiano.

Se as projeções se confirmarem, Meloni será a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra do país, e também a primeira ultradireitista desde o ditador Benito Mussolini — com o qual ela compartilha o slogan “Deus, Pátria e Família”. Segundo as projeções da emissora RAI, a legenda liderada por ela conseguiu, sozinha, entre 22 e 26% dos votos. Os demais vieram dos outros dois partidos da coalisão direitista: a Liga, de Matteo Salvini, e Forza Italia (FI), do magnata e ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Seu adversário mais próximo, Enrico Letta, ficou, segundo as projeções, bem para trás no pleito, com a chapa de centro-esquerda liderada pelo Partido Democrático conquistando entre 25,5% e 29,5% dos votos, enquanto o Movimento Cinco Estrelas, de Giuseppe Conte, encaminha-se para encerrar as eleições na terceira posição.

Em meio à instabilidade política e econômica, o comparecimento às urnas foi abaixo do esperado, dando às eleições um recorde histórico na taxa de abstenção, que superou os 36%. O número, divulgado pelo Ministério do Interior da Itália ao final do pleito, é o maior em toda a história italiana. O comparecimento foi especialmente baixo em regiões ao sul do país, como na Sicília.

Programada originalmente para 2023, a eleição foi antecipada devido a queda de Mario Draghi, que renunciou em julho após perder o apoio de boa parte da sua base de governo. O resultado das urnas define quais serão os 400 deputados da Câmara e os 200 senadores que formarão o parlamento. No sistema misto adotado pelo país, um terço das cadeiras é ocupado pelos candidatos mais votados, e o restante é divido proporcionalmente. Os eleitores votam nos partidos e, a legenda ou coligação com mais cadeiras indica o primeiro-ministro. 

A nomeação do novo líder, porém, ainda deve demorar. Isso porque, para que a escolha se concretize, é preciso que os eleitos tomem posse e o presidente Sergio Mattarella conduza uma consulta aos partidos em busca de coligações estáveis. Depois disso, o parlamento ainda precisa aprovar o governo escolhido –em 2018, esse processo durou três meses, mas previsões mais otimistas indicam que o mínimo viável para os trâmites seria de 25 dias.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.