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Explosão de hospital em Gaza não foi provocada por Israel, diz Reino Unido

Em discurso ao Parlamento, premiê britânico reforçou apoio a Tel Aviv e destacou a importância do avanço da chamada 'solução de dois Estados'

Por Da Redação
Atualizado em 23 out 2023, 15h10 - Publicado em 23 out 2023, 15h10

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou nesta segunda-feira, 23, que a explosão no Hospital Batista al-Ahli Arabi, no centro de Gaza, foi provocada por um lançamento de míssil no território palestino, não em Israel.

Em discurso à Câmara dos Comuns, ele reforçou o apoio britânico a Tel Aviv, mas pontuou que ataques de ambos os lados da guerra, iniciada em 7 de outubro, poderiam impossibilitar a qualquer avanço da chamada “solução de dois Estados”.

“O governo britânico julga que a explosão foi provavelmente causada por um míssil, ou parte de um, que foi lançado de dentro de Gaza em direção a Israel”, disse ao Parlamento. “O relato incorreto deste incidente teve um efeito negativo na região, inclusive num esforço diplomático vital dos Estados Unidos e nas tensões aqui em casa.”

“O nosso apoio a uma solução de dois Estados é altamente valorizado em toda a região, mas não pode ser um tema de discussão clichê para ser implementado em momentos como este”, acrescentou.

+ ‘Queremos que vocês vençam’, diz premiê britânico em visita a Israel

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Segundo Sunak, a declaração desta segunda-feira foi baseada na inteligência britânica e na análise de armas.

Na última terça-feira 17, o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, comunicou a explosão do hospital, alegando que ao menos 500 pessoas foram mortas no incidente, número que depois caiu para 471 vítimas. O órgão acusou Israel de atacar o centro de atendimento, em um claro crime de guerra – o Tribunal Penal Interacional (TPI) estabelece que atacar instalações civis e privar a população dos meios de subsistência se encaixam nessa categoria.

Tel Aviv, por sua vez, nega o envolvimento e culpa a Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas, de ser a verdadeira responsável. Além do amparo britânico, a versão israelense foi apoiada pelo Canadá, França e Estados Unidos. A conclusão do Conselho de Segurança Nacional americano teria sido fundamentada por análises de vídeos e da coleta de dados por luz infravermelha.

“Embora continuemos a coletar informações, nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, interceptações e informações de código aberto, é que Israel não é responsável pela explosão de ontem no hospital em Gaza”, disse Adrienne Watson, porta-voz do o Conselho de Segurança Nacional, na quarta-feira passada.

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+ Explosão em hospital foi obra de aliado do Hamas, diz inteligência dos EUA

Na última semana, Sunak viajou ao Oriente Médio, passando por Israel, Egito e Arábia Saudita. O premiê, em Jerusalém, chamou Netanyahu de “amigo” e disse ter “orgulho” de estar ao seu lado durante o “momento mais sombrio de Israel”. Ele destacou, ainda, que deseja que as tropas israelenses vençam o embate contra o movimento palestino radical Hamas.

“O Hamas são os novos nazistas, são o novo Estado Islâmico”, bradou Netanyahu na ocasião. “Temos de combatê-los juntos, assim como o mundo civilizado se uniu para lutar contra os nazistas.”

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