(Acrescenta a morte de dois soldados).
Ancara, 13 fev (EFE).- O Exército turco matou nesta segunda-feira pelo menos 11 supostos membros do Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK) em duas operações distintas no extremo sudeste do país que terminaram com dois soldados mortos.
Segundo informa a agência de notícias ‘Anadolu’, as forças de segurança detectaram um grupo de membros da guerrilha curda em Uludere, município fronteiriço com o Iraque, na província de Sirnak, e transferiram até ali vários comandos com a ajuda de helicópteros.
Durante a operação, assistida pela Força Aérea turca, morreram dez supostos membros do PKK e dois soldados foram feridos.
A operação ainda continua nesta região, habitual cenário de combates entre o PKK e o Exército, embora em dezembro passado, uma operação aérea próxima da mesma localidade tenha matado 34 pessoas, supostamente guerrilheiros, que depois foram identificados como civis dedicados ao contrabando.
Outra ação aconteceu hoje em Cinar, município da província sudeste de Diyarbakir, com o resultado de um suposto membro do PKK morto e outro ferido.
Segundo explicou a ‘Anadolu’, o governador da província, Mustafa Toprak, a operação começou após o recebimento de uma informação sobre um caminhão carregado de explosivos.
De fato, ao parar o veículo, as forças de segurança apreenderam 125 quilos de explosivos, mataram um suposto membro do PKK que tentava escapar e feriram e capturaram outro.
Durante o dia de hoje foi realizada, além disso, uma ampla operação policial simultânea em 30 províncias contra supostos membros da União de Comunidades do Curdistão (KCK), uma difusa rede descrita frequentemente como o ‘braço civil’ do PKK.
Durante esta batida, 130 pessoas foram detidas, entre elas vários dirigentes sindicalistas e funcionários municipais, que se somam aos aproximadamente dois mil que já estão em prisão preventiva pela mesma causa.
O PKK pegou em armas em 1984 para lutar pela autodeterminação dos aproximadamente 12 milhões de curdos que vivem na Turquia e desde então 45 mil pessoas morreram neste conflito. EFE