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Exército do Egito é criticado por repressão contra mulheres

Secretária de estado americana Hillary Clinton condena violência dos militares

Por Da Redação
21 dez 2011, 01h57

Os confrontos que já deixaram 14 mortos e centenas de feridos em cinco dias no Cairo pressionam o poder militar do Egito, criticado pelo mundo inteiro nesta terça-feira por sua repressão aos manifestantes, particularmente contra as mulheres. Durante a tarde, um protesto reuniu mais de 2 mil mulheres na Praça Tahrir contra a repressão ao movimento feminino.

Indignação – O jornal independente Tahrir, criado após a queda do presidente Hosni Mubarak em fevereiro, escreveu em sua manchete “a força que ataca a honra”, com uma foto de um soldado segurando uma mulher pelos cabelos, enquanto outro batia com um bastão. “A violência contra as mulheres nas manifestações são indignas da revolução e desonram o estado egípcio”, acusou a secretária de estado americana Hillary Clinton. A alta comissária dos direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, também condenou a repressão. “A violência brutal contra as mulheres que manifestavam pacificamente é particularmente chocante e não pode permanecer impune”, ressaltou.

Militares se defendem – O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que governa o Egito desde a queda do antigo regime, defendeu a atitude das forças de segurança. O general Adel Emara, membro da CSFA, reconheceu na segunda-feira que os soldados atingiram uma manifestante, descobriram sua barriga e mostraram seu sutiã ao arrastá-la pelo chão, enquanto a agrediam com chutes e golpes de cassetete, em uma imagem que chocou o mundo. O militar, no entanto, tentou justificar o comportamento de seus comandados. “Sim, isso aconteceu, mas é preciso ver quais eram as circunstâncias”, afirmou, assegurando: “estamos investigando, não temos nada a esconder”.

Um grupo de deputados recém-eleitos nas eleições que começaram no dia 28 de novembro, as primeiras pós-Mubarak, protestaram diante da Suprema Corte para exigir o fim da violência contra os manifestantes e a abertura de uma investigação. Os confrontos explodiram na sexta-feira entre a polícia e manifestantes acampados desde o final de novembro na frente da sede do governo em protesto contra a nomeação do primeiro-ministro Kamal el-Ganzuri, que já ocupava este posto na era Mubarak.

(Com agência France-Presse)

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