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Exército de Israel recomenda libertação de presos do Fatah

Para militares, popularidade de Abbas deve ser reforçada frente ao Hamas

Por Da Redação
24 out 2011, 14h35

O Exército de Israel recomendará ao governo a libertação de mais presos do partido palestino Fatah para reforçar a popularidade do presidente Mahmoud Abbas frente ao Hamas, informou nesta segunda-feira o jornal Haaretz. O Hamas recentemente ganhou a simpatia de muitos palestinos ao libertar mais de mil prisioneiros em troca do soldado israelense Gilad Shalit.

Entenda o caso

  1. • Israel libertou 477 presos palestinos que formam o primeiro contingente de um total de 1.027 que serão soltos, conforme acordo de troca fixado com o Hamas.
  2. • Em contrapartida, o grupo palestino soltou o soldado israelense Gilad Shali, que era mantido refém desde junho de 2006.
  3. • Pelo menos 200 prisioneiros palestinos não retornarão a suas casas na Cisjordânia ou Jerusalém Oriental por serem considerados muito perigosos – a maioria cumpre pena perpétua por assassinato.


As Forças de Defesa de Israel consideram que uma série de gestos para fortalecer o moderado Abbas deve ser encorajada, uma ideia que não é bem vista entre os assessores do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de acordo com o jornal.

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Segundo o Haaretz, os militares preparam um documento que será entregue em novembro no qual propõem uma série de medidas, incluindo uma nova libertação de presos, que coincidiria com a celebração muçulmana do Eid al-Adha, ou Festa do Sacrifício. Outro proposta seria a transferência do território palestino da zona B – sob controle militar israelense e administrativo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) – para a zona A, sob controle total da ANP.

Também foi proposta a devolução de corpos de terroristas em poder israelense que, segundo o jornal Haaretz, estava prevista há vários meses e acabou sendo cancelada por ordem de Netanyahu e do ministro da Defesa, Ehud Barak.

Opinião pública – Para as agências de inteligência israelenses, Abbas ficou enfraquecido frente à opinião pública palestina após a troca de prisioneiros com o Hamas, realizada na semana passada, que libertou 477 detentos, 300 deles acusados de crimes graves. A libertação em massa de presos, um assunto muito delicado entre a população pelo altíssimo número de palestinos que passaram nas últimas décadas por prisões israelenses, potencializou o movimento islamita Hamas, cujas bandeiras e slogans apareceram na semana passada na Cisjordânia e Jerusalém Oriental pela primeira vez em anos.

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A troca transpareceu um claro triunfo da organização, que governa Gaza e exigiu a libertação não só de seus próprios membros, mas também de muitos reclusos de outras facções palestinas, como os do movimento Fatah, liderado por Abbas e com o qual mantém um sério conflito desde 2007, apesar do acordo de reconciliação de 4 de maio. O pacto reforçou entre os palestinos a ideia de que com Israel só funciona a resistência armada e unicamente atos violentos como capturas de soldados que são utilizados para devolver às suas casas os presos palestinos.

Abbas, por sua vez, defende uma posição mais moderada em relação ao conflito e aposta no diálogo com Israel por intermédio dos Estados Unidos. Em setembro, Abbas propôs à Assembleia Geral da ONU votação a favor da criação de um estado palestino nas fronteiras antes de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital.

(Com agência EFE)

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