Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã admitiu nesta segunda-feira que forças iranianas estão atuando na Síria em apoio ao regime de Bashar Assad, informou o jornal inglês Guardian.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O diário citou entrevista concedida à agência de notícias Isna por Ismail Gha’ani, responsável pelas Brigadas Al Quds – braço da guarda revolucionária que atua em operações no exterior. “Se a República Islâmica não estivesse presente na Síria, o massacre à população teria acontecido em uma escala muito maior”, disse.
A Isna publicou a entrevista em seu site no fim de semana, mas removeu o conteúdo logo depois. O comandante teria dito também: “Antes de nossa presença na Síria, muitas pessoas foram mortas pela oposição, mas com a presença física e não-física da república islâmica, grandes massacres foram evitados.”
O Ocidente acusa o Irã de fornecer apoio técnico e militar a Assad para suprimir protestos desde o início da revolta. Oficiais iranianos rechaçaram as acusações e afirmaram que o país apoiava a Síria apenas moralmente.
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