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Exército da Argélia liberta 650 reféns, afirma agência estatal

Devido à falta de detalhes sobre o resultado da ação, ainda há uma especulação internacional de que a tentativa de libertar sequestrados tenha sido um desastre

Por Da Redação
18 jan 2013, 12h03

Cerca de 650 pessoas mantidas reféns em um campo de exploração de gás no deserto da Argélia foram libertadas pelas forças especiais do país, segundo a agência estatal de notícias APS, citada pela CNN e pela BBC. Entre os reféns libertados, estariam 573 argelinos e mais da metade dos 132 reféns estrangeiros. Outros 60 ainda estariam mantidos sequestrados pelos terroristas islâmicos. “O Exército busca um final pacífico para a crise”, afirma a APS.

Segundo a rede BBC, pelo menos quatro funcionários da central In Amenas morreram quando as tropas atacaram os sequestradores na quinta-feira, além de vários extremistas. Aqueles que ainda estão presos no local buscam pontos seguros para se refugiar dentro do complexo, de acordo com fontes de segurança. As instalações de gás foram colocadas fora de uso para evitar riscos de explosão.

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha havia adiantado que a crise ainda estava em andamento, depois de o Exército argelino dar por encerrada a operação de resgate dos reféns. Devido à falta de detalhes sobre o resultado da ação, ainda há uma especulação internacional de que a tentativa de libertar os sequestrados tenha sido um desastre.

“Os terroristas estavam fortemente armados e bem coordenados”, afirmou o premiê David Cameron. “É uma situação fluida, mas devemos estar preparados para a possibilidade de más notícias”, acrescentou. Mas os relatos sobre as baixas civis são contraditórios. A agência Reuters, citando uma fonte não identificada da segurança argelina, chegou a afirmar que 30 reféns morreram, dos quais sete estrangeiros.

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Cameron ressaltou mais uma vez que lamenta não ter sido informado antes da operação militar do Exército argelino, pois teria ajudado mais. “O governo argelino está a par de que teríamos preferido ser consultados com antecedência”, enfatizou seu porta-voz na quinta-feira, acrescentando que foi seu colega argelino Abdelmalek Sellal quem avisou que era preciso agir com rapidez.

A Grã-Bretanha também afirmou que enviará uma equipe de funcionários consulares e analistas de inteligência do MI6 e MI5 à Argélia para ajudar a garantir a libertação dos reféns britânicos envolvidos na crise, segundo informou o correspondente do jornal The Guardian Nick Hopkins. O governo do país ainda ressaltou que continuará a oferecer apoio técnico e logístico aos argelinos envolvidos na operação de resgate.

O caso – A crise teve início na quarta-feira, quando militantes islâmicos fizeram reféns no campo operado por uma joint venture que inclui British Petroleum (BP), a Statoil, da Noruega, e a Sonatrach, estatal argelina. O grupo terrorista afirmou que o ataque é uma retaliação à intervenção militar francesa no Mali.

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O presidente francês, François Hollande, considerou que a situação na Argélia justifica ainda mais a decisão de seu governo de intervir militarmente no território malinês. Hollande acrescentou que não tem “elementos suficientes para avaliar” o que ocorre no campo de gás, mesmo recebendo regularmente informações a respeito. Segundo ele, a situação “parece estar se desenvolvendo em condições dramáticas”.

A BP divulgou nesta quinta um comunicado dizendo que centenas de funcionários do setor petroleiro haviam sido evacuados da Argélia em três voos e que outro avião deveria deixar o país africano nesta sexta-feira. O grupo britânico se apresenta como o maior investidor estrangeiro na Argélia. Está presente nos campos de exploração de gás de In Salah, 1.200 quilômetros ao sul de Argel, no Saara, e em In Amenas.

A milícia islâmica responsável pelo ataque é o Batalhão de Sangue, que nasceu há pouco tempo a partir da Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI). Segundo o governo argelino, todos os terroristas são subordinados a um ex-comandante da Al Qaeda no Magreb Islâmico, Mokhtar Belmokthar, que teria fundado a nova milícia no fim do ano passado após ter se desentendido com outros líderes extremistas.

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