Executivos da Repsol ‘duramente interrogados’ por polícia argentina

Documento do governo Espanhol revela como foi a ocupação da empresa

Por Da Redação
22 abr 2012, 13h26

Bandeiras da Argentina e da YPF na frente do edifício da Repson em Buenos Aires (Marcos Brindicci/Reuters/VEJA)

Executivos espanhóis foram submetidos a “duros interrogatórios” e expulsos com truculência da sede da empresa YPF em Buenos Aires. As informações estão em documento do governo espanhol, acessado pelo jornal El País.

Segundo o diário, o Ministério das Relações Exteriores espanhol enviou às suas 118 embaixadas um relatório sobre o processo de expropriação da petrolífera espanhola pela Argentina. Nele, revela com detalhes o momento de tensão que cercaram a tomada de controle da companhia por parte das autoridades argentinas.

“Enquanto a presidente apresentava a lei que declara de utilidade pública a YPF, o ministro do Planejamento Julio de Vidro, o vice-ministro Axel Kicillof e outras personalidades acompanhadas de agentes de segurança armados entraram à força a sede da empresa na Argentina e expulsaram, com violência física e ameaças, os 15 executivos espanhóis presentes. Eles tiveram apenas cinco minutos para recolher seus pertences pessoais”, diz o relatório.

A nota afirma ainda que, antes da invasão, “as forças de segurança cortaram todas as comunicações da sede da YPF, como telefone, celulares e Internet. Posteriormente, alguns dos executivos foram buscados pelas forças de segurança e duramente interrogados com o objetivo de encontrar argumentos contra a Repsol”.