Ex-presidente sul-coreana é condenada a mais 8 anos de prisão
Park Geun-hye está presa desde 2017 e já havia sido condenada a 24 anos de reclusão por suborno, abuso de poder e coerção
A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada a mais oito anos de prisão por abuso de fundos estatais e violação das leis eleitorais. A nova sentença eleva para 32 anos a pena da ex-mandatária, afastada do cargo em 2016 após um processo de impeachment movido por denúncias de corrupção.
Park foi considerada culpada pela Corte do Distrito Central de Seul por ter recebido cerca de 3 bilhões de wons sul-coreanos (equivalente a 9 milhões de reais) de chefes do Serviço Nacional de Inteligência durante seu mandato presidencial, entre 2013 e 2016.
Ela já havia sido sentenciada a 24 anos de prisão em abril, depois que uma instância inferior a declarou culpada de acusações separadas como suborno, abuso de poder e coerção.
A ex-presidente não compareceu à corte durante a promulgação da sentença. Ela está presa desde março de 2017 em um centro de detenção em Seul. Com a nova condenação, a pena de Park sobe para 32 anos de prisão – e o número ainda pode aumentar, dependendo de novas decisões em instâncias superiores.
Procuradores já moveram recursos exigindo que a primeira condenação deveria ser 30 anos de reclusão, em vez de 24. A Suprema Corte da Coreia do Sul anunciou que julgará a ação em agosto.
Park governou a Coreia do Sul por três anos. Em 2016, um grande escândalo de corrupção gerou ondas de protestos contra seu governo em todo o país. A ex-presidente foi acusada de utilizar capital político para forçar grandes conglomerados de empresas a pagar dezenas de milhões de wons a duas fundações controladas por sua confidente e amiga íntima Choi Soon-il.
O parlamento moveu um processo de impeachment, concluído em dezembro daquele ano, que a retirou do cargo e convocou novas eleições. Em março de 2017, ela foi presa pelas autoridades sul-coreanas e, semanas depois, condenada pelos crimes de corrupção e suborno.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)