Zimbábue recupera US$ 850 milhões evadidos durante regime de Mugabe
Quantia representa mais da metade do valor que o governo acredita ter sido enviado para o exterior ilegalmente durante os últimos 30 anos

O Zimbábue recuperou 850 milhões de dólares evadidos durante o regime de Robert Mugabe, alvo de um golpe militar em novembro passado depois de ter comandado o país com punho de ferro desde 1980, informou nesta terça-feira (03) o jornal zimbabuano The Herald.
O atual presidente do país, Emmerson Mnangagwa, revelou essa quantia na reunião cúpula de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), encerrada na segunda-feira (02) na Mauritânia. O encontro teve como tema central a luta contra a corrupção, precisou o jornal.
Mnangagwa anunciou em novembro uma anistia de três meses para que os evasores retornassem fundos públicos irregularmente apropriados e enviados ao exterior durante o mandato do seu predecessor.
Ao término desse prazo, em março, o Zimbábue tinha recuperado 591 milhões de dólares, segundo o líder. Ao tomar posse, o presidente prometeu combater a corrupção, um mal endêmico durante as décadas que Mugabe ocupou o poder.
Os 850 milhões de dólares representam mais da metade dos 1,4 bilhão de dólares que o atual governo calcula terem sido ilegalmente enviados para fora do país. Mais de 1,8 mil indivíduos e companhias estão envolvidos nessa prática, que é conhecida localmente como “externalização”, segundo os cálculos do Executivo.
Mnangagwa chegou ao poder em novembro, após um golpe militar que forçou a renúncia de Mugabe. O líder é o candidato da União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica (ZANU-PF) nas eleições presidenciais de próximo 30 de julho, nas quais buscará a legitimidade das urnas para seguir como chefe de Estado.
O líder opositor, Nelson Chamisa, do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), será seu rival principal no pleito, o primeiro desde a independência do Zimbábue nos quais Mugabe não concorre.
O ex-presidente, de 94 anos, vive recluso em sua mansão na capital Harare desde o golpe militar de 2017.
(Com EFE)
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