O ex-chanceler alemão Helmut Schmidt, que guiou a Alemanha Ocidental em meio a turbulências econômicas e à tensão da Guerra Fria, nos anos 1970 e no início da década de 1980, morreu aos 96 anos. O médico do político, Heiner Greten, disse em coletiva de imprensa que Schmidt morreu na tarde desta terça-feira em Hamburgo.
O período de Schmidt no poder coincidiu com uma época turbulenta na Guerra Fria, incluindo a invasão da União Soviética no Afeganistão em 1979. O chanceler também mostrou firmeza na luta contra uma onda de terrorismo na própria Alemanha Ocidental. O social-democrata de centro-esquerda liderou a Alemanha Ocidental entre 1974 e 1982, quando ele perdeu o poder para o conservador Helmut Kohl.
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Schmidt tornou-se posteriormente um ícone político do país e participou da vida política alemã ao longo dos anos 1990. Ele era presença constante em programas de TV sobre política e, como era um fumante inveterado, tinha uma permissão especial para fumar durante as gravações, nos estúdios.
O político foi também editor da influente revista liberal semanal Die Zeit e utilizou o espaço que tinha na publicação para desempenhar um papel ativo no debate político e econômico nacional e internacional. Mais recentemente, ele criticou a chanceler Angela Merkel durante a crise da zona do euro, acusando-a de não ter conhecimentos financeiros suficientes para entender a dimensão do problema.
(Da redação)