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EUA separaram 900 crianças imigrantes de seus pais no último ano, diz ONG

Governo é acusado de usar pequenos delitos para justificar prática; organização apresentou ação judicial para solucionar casos

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h41 - Publicado em 31 jul 2019, 10h01
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  • Ao menos 900 crianças imigrantes foram separadas de suas famílias na fronteira dos Estados Unidos com o México desde junho de 2018, apesar de uma ordem judicial para o governo de Donald Trump interromper prática, informou nesta terça-feira 30 um grupo de direitos humanos.

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    A União Americana de Liberdades Civis (ACLU) apresentou uma ação à Justiça para tentar solucionar os casos. A denúncia feita em San Diego diz que o governo está acusando os pais de delitos menores, como infrações de trânsito e negligência, para seguir separando as crianças na fronteira.

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    “O governo está separando sistematicamente um grande número de famílias com base em antecedentes penais menores (dos pais), em acusações altamente duvidosas de incapacidade e em erros na identificação das relações de boa-fé entre pais e filhos”, diz a ação da ACLU.

    O documento, apresentado na Corte do Distrito Sul da Califórnia, lembra que um juiz federal ordenou em 28 de junho de 2018 o fim da política de “Tolerância Zero”, que permitia a separação das crianças detidas com seus pais imigrantes ilegais após atravessarem a fronteira com o México.

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    Desde então, e até 29 de junho deste ano, segundo a ação judicial, as autoridades do governo “separaram mais de 900 crianças, inclusive bebês”.

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    Um pai foi afastado de sua filha de um ano porque ele não trocou a fralda dela, exemplificou a ACLU.

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    Em outro caso, uma menina de três anos de idade foi separada do pai sob a alegação de que ele não podia provar que ela era realmente sua filha. A família fez um teste de DNA que confirmou o vínculo, mas nesse período a garota foi abusada sexualmente enquanto estava detida.

    Outro menino, de quatro anos, foi separado porque seu pai tinha um problema de fala que o impediu de responder às perguntas dos agentes da Patrulha da Fronteira, de acordo com a queixa.

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    A situação dos menores imigrantes foi um dos pontos mais questionados do governo Trump, que ficou no olho do furacão após a separação de menores de suas famílias e de denúncias sobre as condições de detenção de milhares de crianças imigrantes, a maioria delas não acompanhadas.

    Após o anúncio de implementação da política de “Tolerância Zero”, uma medida promovida em maio de 2018 pelo ex-procurador-geral Jeff Sessions, mais de 2.800 crianças foram separadas de seus pais no ano passado, até que o juiz federal Dana Sabraw ordenou a reunificação em junho do ano passado.

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    O problema se aprofundou quando o governo admitiu que outras milhares de crianças foram separadas antes de abril de 2018, sem deixar claro um número exato.

    Trump determinou o fim da política de “Tolerância Zero” em 20 de junho do ano passado, mas sem que tenha ficado claro se todos os menores foram reunidos com suas famílias.

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    (Com EFE e AFP)

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