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EUA respondem à suposta prisão de ‘mercenários’ americanos na Venezuela

Governo venezuelano alega ter detido os ex-militares Luke Denman e Airan Seth e os acusa de fazer parte do grupo de 'mercenários' que tentou invadir o país

Por Da Redação
6 Maio 2020, 19h54
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  • O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse nesta quarta-feira, 6, que o governo dos Estados Unidos usará “todas as ferramentas” disponíveis para garantir o retorno dos americanos detidos na Venezuela por envolvimento na suposta tentativa de invasão ao país sul-americano. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira 4 que ambos  estão entre os ‘“mercenários terroristas” presos no início da semana durante uma conspiração para matá-lo.

    “Nós vamos começar o processo para, se de fato houver americanos [detidos na Venezuela], descobrir uma maneira de solucionar com a situação”, disse Pompeo. “Queremos trazer todos americanos de volta. Se o regime de Maduro decidir segurá-los, usaremos todas as ferramentas disponíveis para tentar recuperá-los”, acrescentou.

    Segundo o anúncio de Maduro na segunda-feira 4, pelo menos três americanos fizeram parte de um grupo “mercenários terroristas” que tentaram entrar na Venezuela no domingo 3, valendo-se de lanchas vindas da vizinha Colômbia.

    O ditador apresentou em um pronunciamento oficial no Palácio de Miraflores, residência do chefe de Estado, os supostos passaportes, dentre outros documentos, de dois cidadãos americanos, Luke Denman e Airan Berry, que teriam sido detidos por envolvimento no episódio. Treze ‘mercenários’, dentre um total estimado pelo governo venezuelano em mais de 55, foram presos até então.

    Personal documents are shown by Venezuela’s President Nicolas Maduro during a virtual news conference in Caracas
    Nicolás Maduro e suas supostas provas: os passaportes americanos de Luke Denman e Airan Berry – 6/05/2020 (Palácio de Miraflores/Handout/Reprodução)

     

    Além de Denman, de 34 anos, e de Berry, de 41, outro americano estaria envolvido com os “mercenários”, Jordan Goudreau, proprietário de uma empresa de segurança no estado americano da Flórida. Goudreau teria treinado os “mercenários” para a suposta invasão, segundo a versão oficial do regime. Todos os três homens são ex-membros das forças de operações especiais dos Estados Unidos.

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    Goudreau publicou nas redes sociais no final de semana um vídeo dizendo que havia ajudado a organizar uma tentativa de golpe na Venezuela e lamentou não ter conseguido participar da ação. “Não houve envolvimento direto do governo dos Estados Unidos nesta operação. [Se] estivéssemos envolvidos, [o resultado] teria sido diferente”, respondeu Pompeo nesta quarta-feira.

    O presidente americano, Donald Trump, já havia desmentido Maduro na terça-feira 5. “Nada a ver com o nosso governo”, declarou.

    Liberação de presos políticos

    Ainda nesta quarta-feira, as autoridades venezuelanas liberaram pelo menos 23 detentos do regime fechado, dentre eles alguns considerados pela oposição e por organizações de defesa dos direitos humanos como “presos políticos”.

    Gonzalo Himiob, ativista da organização não-governamental Foro Penal, publicou em seu perfil no Twitter um vídeo da liberação dos detentos.

    Os “presos políticos” Roque González, Ramón Zapata e Jorge Luis Pérez Izarsa, detidos há mais de um ano, estão entre os detentos liberados. A lista dos beneficiados, segundo Himiob, envolvem também “presos comuns”.

    O governo venezuelano não explicou o motivo da liberação dos detentos. O jornal argentino Clarín associa o episódio a medidas adotadas em outros países sul-americanos, como o Chile, para impedir surtos da Covid-19 em prisões.

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    Há mais de 357 casos confirmados e pelo menos 10 mortes em toda a Venezuela, segundo o regime, que assegura não haver enfermos nas prisões. Os números oficiais, porém, são questionados por especialistas locais do setor de saúde.

    A liberação dos presos também ocorre menos de uma semana após uma rebelião em um presídio próximo à capital, Caracas, deixar ao menos 46 mortos e 50 feridos.

    (Com Reuters)

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