Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

EUA pressionam China por retorno de negociações sobre crise climática

Cooperação entre os maiores emissores de gases poluentes do mundo pararam desde a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, território reivindicado por Pequim

Por Da Redação
Atualizado em 25 out 2022, 14h00 - Publicado em 25 out 2022, 13h59

O secretário de assuntos climáticos dos Estados Unidos, John Kerry pediu o retorno das negociações com a China sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa. A cooperação entre os dois países foi rompida após a visita da presidente da Câmara dos Deputados norte-americana a Taiwan, ilha reivindicada por Pequim.

+ Suprema Corte limita poder de Biden para diminuir emissões de poluentes

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Kerry criticou a suspensão das conversas com os chineses, apontando que a crise climática é uma questão urgente e precisa ser discutida entre os maiores emissores de gases poluentes do mundo.

Segundo o funcionário do governo de Joe Biden, a China é responsável por 30% de todas as emissões, ficando atrás apenas dos Estados Unidos no ranking da poluição atmosférica.

“Acho que a China e os Estados Unidos devem inevitavelmente trabalhar juntos para vencermos esta batalha [sobre o clima]. E estou realmente muito preocupado com a interrupção que ocorreu devido a eventos que não têm nada a ver com a crise climática”, argumentou o político.

Continua após a publicidade

+ Califórnia vai proibir venda de carros novos a gasolina até 2035

As relações entre as potências entraram em crise em agosto, quando Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Deputados e a terceira democrata mais importante do governo estadunidense, visitou Taiwan. Isso foi considerado uma grande provocação por Pequim, que reivindica soberania sobre a ilha, e as relações diplomáticas foram rompidas.

+ Visita de Nancy Pelosi eleva tensão em Taiwan e põe mundo em alerta

Continua após a publicidade

A ruptura ocorreu no momento em que a cooperação entre os dois parecia mais promissora do que há anos. Na cúpula climática das Nações Unidas (COP26) em novembro passado, os dois países anunciaram um pacto bilateral que incluía o desenvolvimento de tecnologia limpa, e outras formas de reduzir as emissões.

Contudo, o progresso global nas discussões sobre o clima diminuíram com a guerra na Ucrânia, que, além de aumentar as tensões geopolíticas, levou alguns países de volta a matrizes energéticas poluentes, como o carvão mineral, e estimulou novos investimentos em gás e petróleo.

+ Impactos climáticos alcançaram ‘níveis imprevistos de destruição’, diz ONU

Continua após a publicidade

Em teoria, as tensões políticas entre Washington e Pequim não deveriam afetar as negociações sobre o clima, mantidas em uma instância separada de outras preocupações geopolíticas. Autoridades estadunidenses esperam que a COP27, a cúpula climática das Nações Unidas que acontecerá no Egito no próximo mês, restaure as negociações com os chineses.

“O clima é uma questão universal, uma ameaça universal. Sem ideologia política, sem partido político. Não representa a competição global. Representa uma ameaça global para o mundo, que os dois maiores emissores e as duas maiores economias podem beneficiar muito o mundo se unindo e cooperando para tentar lidar com isso”, ressaltou Kerry.

Ele disse não esperar um avanço significativo na COP27 e nenhuma grande decisão que mude o curso da crise climática, mas espera uma série de iniciativas dos países e uma vontade de avançar na redução de emissões.

Continua após a publicidade

Kerry especulou que a China pode tomar medidas fortes por conta própria, já que o país tem um histórico de superar suas próprias metas de energia renovável e reduzir seu carbono em relação à sua produção econômica.

No longo prazo, o secretário afirmou estar otimista com o cumprimento da meta global de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, que foi o foco da cúpula anterior.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.