Há quase um ano, o secretário de Justiça anunciou que Mohammed seria julgado em um tribunal criminal a poucos quarteirões do terreno do World Trade Center. Mas o plano foi alterado por causa da preocupação com a segurança e de queixas de que os suspeitos não deveriam ter direito a todas as garantias processuais oferecidas a réus nas cortes dos EUA
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O governo Obama está prestes a tomar uma decisão sobre como julgar o mentor confesso dos atentados de 11 de setembro de 2001, disse nesta quarta-feira o secretário de Justiça, Eric Holder
O plano inicial de Holder era que Khalid Sheikh Mohammed e quatro outros réus fossem julgados em um tribunal federal de Nova York, mas a decisão foi contestada por autoridades locais e parlamentares, que preferem vê-los submetidos a um tribunal militar por questões de segurança e outras razões.
Segundo Holder, o processo está em andamento. “Vamos trabalhar para determinar a respeito da localização desse julgamento”, afirmou. Questionado sobre se a decisão será tomada ainda neste ano, não respondeu: “Estamos trabalhando nisso e acho que estamos perto.”
Há quase um ano ele anunciou que Mohammed seria julgado em um tribunal criminal a poucos quarteirões do terreno do World Trade Center, um dos alvos dos atentados aéreos. Mas o plano foi alterado devido a preocupações com a segurança e a queixas de que os suspeitos não deveriam ter direito a todas as garantias processuais oferecidas a réus nas cortes dos Estados Unidos
Mohammed está preso na base naval de Guantánamo, encravada em Cuba. O Congresso americano limitou rigidamente a transferência de presos como Mohammed a partir de lá, exigindo uma notificação prévia ao Congresso e relatórios sobre os possíveis riscos da operação.
O Partido Republicano, que conquistou na semana passada a maioria na Câmara dos Deputados, pode tentar complicar os esforços do governo de Barack Obama para julgar suspeitos de terrorismo em cortes criminais comuns. Os republicanos exigem que os suspeitos presos em Guantánamo sejam submetidos a tribunais militares, o que limitaria parte dos direitos dos réus no processo.
(Com agência Reuters)