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EUA pedem a libertação de presidente egípcio deposto

Mohamed Mursi foi detido pelo Exército que o tirou do poder semana passada

Por Da Redação
12 jul 2013, 16h27

O governo americano pediu nesta sexta-feira a libertação do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, que foi detido pelas Forças Armadas egípcias depois de ser deposto na quarta-feira da semana passada. Não se sabe exatamente onde ele está sendo mantido, mas seus partidários acreditam que ele esteja na sede da Guarda Republicana, no Cairo. Em frente ao local, na última segunda-feira, partidários do presidente deposto entraram em confronto com as forças de segurança e mais de cinquenta pessoas morreram.

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Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição.

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A porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, pediu pela primeira vez oficialmente o fim da detenção de Mursi quando questionada se os EUA concordavam com a posição da Alemanha sobre a situação no Egito. Horas antes do apelo feito pelo governo americano, a Alemanha também havia pedido a libertação do ex-presidente. O ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, solicitou ainda que uma instituição neutra e com credibilidade indiscutível tenha acesso imediato a Mursi.

Os Estados Unidos, que têm evitado se referir ao que ocorreu no último dia 3 como golpe de estado, defendem uma transição rápida a um novo governo democrático no país. Na noite de quinta-feira, os Estados Unidos haviam pressionado o Exército e o governo interino do Egito a a cessarem com as detenções “arbitrárias” de membros da Irmandade Muçulmana, o grupo político que fornecia a base de apoio a Mohamed Mursi.

Para Washington, a perseguição contra os aliados do ex-governante apenas prolongará a crise política no país. “Se as detenções continuarem sendo politizadas, será difícil ver como Egito se moverá para além dessa crise”, disse também a porta-voz do Departamento de Estado americano. Psaki acrescentou que as prisões “não estão de acordo com a reconciliação nacional que o governo interino e os militares dizem estar realizando”.

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Desde a derrubada do membro da Irmandade Muçulmana, que havia assumido o poder em junho do ano passado, aliados fazem protestos diários pedindo sua volta. E os integrantes da Irmandade se recusam a participar das negociações para formação de um governo de transição no país.

Apesar das hostilidades entre os líderes interinos e os ex-aliados de Mursi, o recém-nomeado premiê egípcio Hazem al-Beblawi não descartou a participação da Irmandade Muçulmana no governo de transição. “Não escolho um ministro porque seja islamita ou não”, destacou Hazem. O grupo islâmico, no entanto, anunciou que “não compactua com golpistas” e rejeitou a oferta para integrar o governo.

Ramadã – Em meio a tensão, grupos a favor e contra o ex-presidente Mursi prometem novos protestos para esta sexta-feira, a primeira do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. “Nós continuaremos nosso protesto pacífico até o fim do golpe militar e o retorno à legitimidade”, anunciou um porta-voz da Irmandade.

(Com agência EFE)
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