Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

EUA, Otan e Ucrânia dizem ainda não haver provas de desmobilização russa

Anúncio feito por Moscou nesta terça foi criticado por líderes ocidentais por não especificar quantos soldados voltarão às bases permanentes

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 fev 2022, 13h02

Após o anúncio da retirada parcial de tropas russas das fronteiras com a Ucrânia, autoridades ocidentais se posicionaram nesta terça-feira, 15, indicando que a declaração ainda precisa ser verificada em campo.

De acordo com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, os dados da inteligência mais recentes sobre a presença militar russa criam “sinais mistos”.

“Vemos a abertura russa para conversas. Do outro lado, a inteligência que temos hoje ainda não é encorajadora”, disse a repórteres.

Segundo ele, “vemos hospitais de campanha russos sendo construídos perto da fronteira com a Ucrânia, em Belarus, para o que pode ser construído apenas para uma preparação para uma invasão”. Além disso, “há grupos táticos na realidade chegando mais perto da fronteira com a Ucrânia”, de acordo com o premiê.

Como forma de aliviar as tensões e de criar uma garantia ao Reino Unido e outros líderes, Johnson disse que é preciso ver um “programa de desescalada”enviado pela Rússia.

Continua após a publicidade

Por parte de Washington, a embaixadora americana para a Organização do Tratado do Atlântico Norte, Julianne Smith, afirmou que os EUA estão “monitorando a situação” e ainda “irão verificar” as afirmações de uma possível desmobilização.

Em entrevista à imprensa em Bruxelas, Smith destacou que Moscou já havia feito uma declaração similar em novembro, que, no entanto, se mostrou enganosa.  “Quando fomos verificar, não encontramos sinais. E, desde então, só vimos as forças russas se movendo em direção oposta”.

Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, “há sinais vindos de Moscou de que a diplomacia deve continuar”, mas, até o momento, “não vimos nenhum sinal de desescalada no território”.

Continua após a publicidade

Stoltenberg, contudo, garantiu que Moscou ainda tem tempo para recuar e “deixar de se preparar para uma guerra e começar a trabalhar por uma solução pacífica”. “O que precisamos ver é uma retirada significativa e duradoura, não apenas de tropas, mas também de equipamentos pesados”, afirmou o norueguês.

Em comunicado nesta terça-feira, o governo da Rússia anunciou a decisão de retirar algumas tropas militares da fronteira com a Ucrânia. De acordo com o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, diversas unidades já “completaram suas missões” de realizar treinamentos planejados na região.

O anúncio, no entanto, não especifica quantos soldados voltarão às bases permanentes, apenas que “unidade dos distritos militares do sul e oeste que completaram suas missões já começaram a embarcar” para as guarnições.

Continua após a publicidade

De acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, há, atualmente, mais de 127.000 soldados russos posicionados perto de seus limites. A Rússia cercou o norte do país vizinho, onde a fronteira é mais desguarnecida, posicionando seu Exército como uma ferradura, cercando a região por três lados, incluindo em territórios de Belarus, de quem é aliada.

Por esse motivo, o minsitro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, expressou dúvidas sobre a declaração.

À imprensa, disse que “várias afirmações estão sendo feitas constantemente pela Federação Russsa, então já temos uma regra: ‘Não ouça e então acredite. Ao invés disso, veja e então acredite'”.

Continua após a publicidade

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

A Aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.