O senador do Texas Ted Cruz foi o vencedor da primeira disputa pela indicação presidencial do Partido Republicano, em Iowa, na corrida pela Casa Branca, mas houve outro grande vitorioso na noite de segunda-feira: o senador da Flórida Marco Rubio, de 44 anos, representante do establishment republicano.
Durante meses, a retórica raivosa de Cruz e Donald Trump definiu a briga pela indicação presidencial republicana, enquanto candidatos mais moderados se debatiam para ganhar espaço e impor um desafio aos dois líderes das pesquisas. A esperança entre os líderes da legenda era o surgimento de uma figura de dentro do establishment. Na segunda-feira, essa pessoa foi Rubio, que perdeu de Trump por uma margem mínima e ficou somente alguns pontos percentuais atrás de Cruz.
Quando Rubio subiu ao palco do salão de festas de um hotel após o anúncio dos resultados, fez o que equivaleu a um discurso de vitória. “Este é o momento que eles disseram que nunca iria acontecer”, disse o senador de primeiro mandato. “Durante meses, nos disseram que não tínhamos chance”. O terceiro lugar de Rubio em Iowa significa que ele “é o candidato consensual do establishment”, afirmou Douglas Gross, estrategista republicano em Des Moines, capital de Iowa.
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Não resta dúvida de que a luta pela indicação republicana entrou em uma nova fase. “Temos uma corrida com três concorrentes”, disse Craig Robinson, ex-diretor político do Partido Republicano em Iowa. O resultado de Rubio surpreendeu analistas políticos do estado como Robinson, que havia previsto que Rubio terminaria a noite muito atrás de Trump e Cruz, com, no máximo, 18% dos votos – ele teve 23%, contra 28% do senador do Texas e 24% do magnata do setor imobiliário.
O desempenho de Rubio irá fortalecer seu argumento de que os apoiadores de outros candidatos moderados e simpáticos ao status quo, como o ex-governador da Flórida Jeb Bush, o governador de Nova Jersey, Chris Christie, e o governador de Ohio, John Kasich, deveriam dar seu apoio, e dinheiro, a ele. Seu comitê de campanha arrecadou pouco mais de 14 milhões de dólares de doadores no quarto trimestre de 2015, o que o deixou bem atrás de Cruz, que levantou mais de 20 milhões. Até o momento, sua campanha amealhou quase 40 milhões de dólares no total – 7 milhões a menos que a de Cruz.
(Com Reuters)
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