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EUA: Kanye West anuncia que vai concorrer à Presidência em 2024

A estrela do rap teria convidado Donald Trump, que anunciou a própria candidatura na semana passada, para ser seu vice – o que rendeu uma reação raivosa

Por Da Redação
Atualizado em 25 nov 2022, 15h28 - Publicado em 25 nov 2022, 10h46

O rapper e produtor musical Kanye West disse nesta sexta-feira, 25, que pretende concorrer à Presidência dos Estados Unidos em 2024, apesar dos vários escândalos em que se envolveu recentemente por causa de seu comportamento.

A estrela da música, que mudou legalmente seu nome para Ye, postou um vídeo com o logotipo de sua campanha nas redes sociais, junto com a legenda Ye 24. Ele também afirmou ter pedido a Donald Trump para ser seu companheiro de chapa.

+ Olho no futuro: o difícil caminho de Trump na disputa pela Casa Branca

West já concorreu à Presidência em 2020, mas a campanha fracassou, atraindo escassos 70 mil votos.

O anúncio ocorre depois que ele foi flagrado na residência e clube de golfe de Trump na Flórida, Mar-A-Lago, no início desta semana, acompanhado por Nick Fuentes, um proeminente ativista do “nacionalismo branco” – movimento que procura garantir a “sobrevivência da raça branca” e da cultura e história dos Estados historicamente de maioria branca.

West disse que seu pedido para um companheiro de chapa deixou o ex-presidente, que recentemente lançou sua própria campanha de reeleição, “muito perturbado”.

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Em um vídeo intitulado Mar-A-Lago Debrief, West afirmou: “Trump começou basicamente a gritar comigo na mesa, dizendo que vou perder. Isso já funcionou para alguém na história?”.

+ Além de Trump: os republicanos que podem concorrer à Presidência

West lança sua campanha em meio a uma série de controvérsias. Ele provocou uma enxurrada de críticas ao comparecer à Semana de Moda de Paris com uma camiseta com o slogan “White Lives Matter” (Vidas brancas importam) – frase adotada por supremacistas brancos, que começaram a usá-la em 2015 como resposta ao movimento Black Lives Matter (Vidas negras importam).

West, então, alegou que seus críticos estavam sendo pagos por uma cabala secreta de judeus, uma teoria da conspiração comum entre antissemitas, e seguiu fazendo comentários antissemitas on-line e em entrevistas de televisão. Como consequência, ele foi dispensado por sua agência de talentos, enquanto empresas de moda como Gap, Adidas e Balenciaga disseram que não trabalhariam mais com ele.

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+ A resposta do governo de Israel após falas antissemitas de Kanye West

O músico comentou posteriormente que havia perdido “US$ 2 bilhões em um dia”.

No início desta semana, a revista Rolling Stone relatou alegações de que West havia usado “pornografia, bullying e jogos mentais” para criar um “ambiente tóxico” entre os funcionários da Adidas que trabalhavam em sua marca de tênis, Yeezy. A empresa disse na quinta-feira 24 que abriu uma investigação independente sobre as alegações.

Quando West concorreu à Presidência em 2020, ele anunciou sua campanha tão tardiamente que sequer conseguiu aparecer como opção nas urnas em pelo menos seis estados – no final, ele só foi listado como candidato em 12 dos 50 estados americanos. Além disso, ele realizou apenas um comício e financiou só dois anúncios de televisão.

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Sua candidatura de 2024 parece minimamente mais planejada. O rapper sugeriu que havia recrutado o radical comentarista de direita Milo Yiannopoulos como seu gerente de campanha. Ex-editor da publicação de direita Breitbart, Yiannopoulos foi amplamente rejeitado pela direita moderada depois que, em 2017, um vídeo em que ele fez um discurso tolerante à pedofilia viralizou. Ele se defendeu dizendo que os comentários eram “humor negro” e declarou sua “repulsa” pelo abuso sexual de menores.

Mais recentemente, Yiannopolous trabalhou como estagiário para a congressista republicana Marjorie Taylor Greene, conhecida por apoiar as teorias da conspiração mais mirabolantes – desde reproduzir a narrativa de que houve fraude eleitoral contra Trump em 2020 até acusar figuras proeminentes do Partido Democrata (como Hillary Clinton) e estrelas de Hollywood de fazerem parte de uma gangue que apoia a pedofilia.

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