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EUA: jovem é condenada por incentivar suicídio do namorado

Michelle Carter pode pegar até 20 anos de prisão por 'homicídio involuntário'

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h11 - Publicado em 16 jun 2017, 21h20
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  • Michelle Carter
    Michelle Carter chega ao Tribunal Distrital de Taunton, Massachusetts, para ouvir o veredicto em seu julgamento - 16/06/2017 (John Tlumacki/The Boston Globe/Getty Images)

    Uma jovem americana de 20 anos foi condenada nesta sexta-feira nos Estados Unidos por homicídio involuntário após encorajar seu noivo depressivo a se suicidar por mensagens de texto e ligações. Michelle Carter chorou quando o juiz Lawrence Muniz leu o veredicto no tribunal de Taundon, no sul de Boston, após um processo que durou uma semana. “Após revisar a evidência, esta corte a considera culpada da acusação de homicídio involuntário”, disse Muniz a Carter.

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    A jovem, que abriu mão do seu direito a um processo com um júri e optou por uma decisão do juiz, pode ser condenada a até 20 anos de prisão. A sentença deve ser divulgada em 3 de agosto.

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    Conrad Roy, um adolescente de 18 anos que sofria de depressão, morreu em julho de 2014 de intoxicação por monóxido de carbono em sua caminhonete, em um estacionamento. Quando o jovem começou a se intoxicar, saiu da caminhonete, mas Carter lhe mandou uma mensagem para que ele voltasse para dentro do veículo. Foi encontrado morto no dia seguinte.

    Nos meses anteriores, Carter e Roy tinham trocado centenas de mensagens de texto nas quais a jovem lhe urgia a realizar seu plano de se suicidar, e lhe pedia que o escondesse dos seus pais, mentisse para sua mãe e escolhesse um estacionamento pouco movimentado.

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    Especialistas em direito questionaram se as palavras pronunciadas por uma pessoa bastam para condená-la por homicídio involuntário. O suicídio é em geral considerado a vontade da pessoa que o comete. Nos Estados Unidos, nenhum estado conta com leis para punir o ato de alentar alguém a se suicidar.

    A defesa de Carter argumentou que Roy queria se suicidar “havia anos” e procurou minimizar o papel da jovem em sua vida. Eles tinham um relacionamento longo, mas baseado principalmente em mensagens de texto, tendo se encontrado pessoalmente duas vezes.

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    Carter não esteve presente fisicamente ao lado de Roy quando ele se suicidou, mas “estava em seu ouvido, em sua mente, ao telefone, e estava lhe dizendo que voltasse para o veículo embora soubesse que ele ia morrer”, disse a promotora adjunta do distrito, Katie Rayburn, no tribunal.

    Os promotores asseguram que Carter urgiu Roy a se suicidar para chamar a atenção de meninas que ela admirava. “Você simplesmente tem que fazer isso” ou vão achar que você é “bobo”, lhe escreveu dias antes da sua morte. “Se você acha que esta é a única maneira de ser feliz, o céu te dará as boas-vindas de braços abertos”.

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    O caso foi julgado em um tribunal juvenil porque Carter tinha 17 anos quando Roy morreu.

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    (Com AFP)

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