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EUA impõem sanções a militares de Mianmar por repressão a rohingyas

Violência contra minoria levou mais de 700.000 pessoas a fugir para Bangladesh e deixou milhares de mortos

Por Da Redação
Atualizado em 17 ago 2018, 22h08 - Publicado em 17 ago 2018, 18h45
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  • Os Estados Unidos impuseram sanções a quatro militares e comandantes de polícia e duas unidades do Exército de Mianmar nesta sexta-feira (17), acusando-os de “limpeza étnica” contra muçulmanos rohingyas e abusos generalizados de direitos humanos.

    As sanções do Departamento do Tesouro são as mais duras dos Estados Unidos até o momento em reação à repressão de Mianmar à minoria rohingya. A violência se intensificou no ano passado, levou mais de 700.000 pessoas a fugir para a vizinha Bangladesh e deixou milhares de mortos.

    Ainda assim, o governo de Donald Trump não sancionou os escalões mais altos do Exército de Mianmar e tampouco classificou a campanha anti-rohingya como crime contra a humanidade ou genocídio, o que foi tema de debate dentro do governo dos Estados Unidos.

    As sanções impostas foram contra os comandantes militares Aung Kyaw Zaw, Khin Maung Soe e Khin Hlaing, o comandante da polícia de fronteira Thura San Lwin, além de duas divisões da Infantaria de Crimes Leves.

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    A medida congela quaisquer ativos que os indivíduos possuam nos Estados Unidos e proíbe americanos de fazerem negócios com eles. Além disso, os militares não podem mais viajar aos Estados Unidos.

    O secretário de Estado Mike Pompeo se prepara para revelar as descobertas de uma investigação abrangente de seu país sobre as supostas atrocidades das autoridades de Mianmar contra os rohingya no Estado de Rakhine.

    A divulgação do relatório, compilado de entrevistas em campos de refugiados em Bangladesh, deve ocorrer perto do primeiro aniversário das ações sangrentas de 25 de agosto de 2017.

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    “Forças de segurança birmanesas se envolveram em campanhas violentas contra comunidades de minorias étnicas em toda Burma, incluindo limpeza étnica, massacres, agressões sexuais, execuções extrajudiciais e outros abusos graves de direitos humanos”, disse a subsecretária do Tesouro para o Terrorismo e a Inteligência Financeira, Sigal Mandelker, usando um nome alternativo para Mianmar.

    A perseguição aos rohingyas em Mianmar é histórica, porém a crise se acentuou em meados de agosto de 2017, quando o Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) atacou postos das forças de segurança birmanesas. Em resposta, o Exército e polícia de Mianmar organizaram uma devastadora repressão.

    A ONU chegou a afirmar, no ano passado, que a repressão sistemática e generalizada à qual o Exército birmanês submeteu os rohingyas tem “elementos de genocídio“.

    (Com Reuters)

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