Maior grupo de defesa dos direitos LGBTQIA+ nos Estados Unidos, o Human Rights Campaign (HRC) declarou nesta terça-feira, 6, estado de emergência para pessoas da comunidade no país. Embora muitos americanos comemorem o mês do Orgulho, celebrado sempre em junho, um novo relatório aponta para leis discriminatórias e falta de proteção em alguns estados.
Em documento, o grupo divulgou informações e recursos para membros da comunidade LGBTQIA+ conhecerem “seus direitos”. Ao soar o alarme sobre o clima político atual com a primeira declaração de estado de emergência em mais de 40 anos, a organização afirmou que avisos de viagem não são suficientes para ajudar as pessoas que vivem em estados onde legisladores têm como alvo as pessoas LGBTQIA+.
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Entre os mais recentes projetos de lei que ameaçam os direitos da comunidade LGBTQIA + está uma legislação que pode ser aprovada nesta terça-feira na Louisiana que proíbe amplamente funcionários de escolas públicas de ensino fundamental e médio de discutir orientação sexual ou identidade de gênero em sala de aula. A lei é semelhante a uma da Flórida que muitos críticos chamam de “Don’t Say Gay”.
Segundo a presidente da HRC, Kelley Robinson, o presidente americano, Joe Biden, assim como os outros defensores dos direitos da comunidade, precisam ser mais que aliados e assumir um papel de liderança na hora das tomadas de decisão.
A declaração, feita para a agência de notícias americana Associated Press, nada mais é que um apelo para que “pessoas no poder em todos os níveis” do governo e da comunidade empresarial tomem alguma atitude. Segundo o grupo, é necessário instar as pessoas a lutarem por direitos LGBT com o mesmo fervor com que lutaram quando os direitos ao aborto foram anulados pela Suprema Corte dos EUA.
“Estamos em uma crise de escala ainda maior para a saúde e o bem-estar da comunidade LGBTQ+ e precisamos desse mesmo tipo de resposta”, argumenta Robinson.
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Segundo a organização, há um aumento “sem precedentes e perigoso” na legislação discriminatória que varreu as câmaras estaduais neste ano, com mais de 525 projetos de lei anti-LGBTQ + apresentados e mais de 70 transformados de fato em leis, resultado de esforços coordenados, apoiados por “grupos extremistas bem financiados”.
Atualmente, há diversos projetos de lei que buscam proibir ou restringir os cuidados de saúde de afirmação de gênero para jovens transgêneros. Estes projetos não surgiram da base ou da demanda constituinte, mas sim de grupos com interesses conservadores.