Os Estados Unidos decidiram fechar sua embaixada em Kiev e “realocar temporariamente” o pequeno número de diplomatas que ainda estão no país para Lviv, uma cidade no oeste da Ucrânia. A medida foi anunciada nesta segunda-feira, 14, pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, que citou a “aceleração dramática da presença de forças russas”.
“Ordenei estas medidas por uma razão – a segurança de nossa equipe – e instamos veementemente que todos os cidadãos americanos que ainda estão na Ucrânia deixem o país imediatamente”, disse Blinken em um comunicado.
De acordo com o secretário, as precauções não tem objetivo de interferir no apoio à “soberania e integridade territorial” ucraniana.
“Seguimos com nossos esforços sinceros para alcançar uma solução diplomática e permanecemos engajados com o governo russo após a ligação do presidente Biden com o presidente Putin”, ressaltou.
O anúncio desta segunda-feira acontece poucos dias após os Estados Unidos ordenarem a maior parte de funcionários do governo americanos a deixar o país e anunciarem a suspensão de serviços consulares na embaixada americana. Em documento, o governo americano também recomendou que seus cidadãos não viagem para o país e que aqueles que estão na região partam imediatamente usando “opções de transporte comercial ou outras que estiverem disponíveis.” O departamento ainda esclareceu aos que optarem por ficar que o governo não poderá intervir para evacuá-los em uma eventual investida Russa.
Na sexta-feira, Blinken, declarou que a Rússia pode invadir a Ucrânia “a qualquer momento,” e afirmou que mais tropas russas estão se concentrando próximas à fronteira. A Rússia, por sua vez, nega que haverá um ataque, mas faz uma série de exigências, como não aceitar a Ucrânia na OTAN e a retirada de tropas de alguns ex-Estados soviéticos, que o ocidente reluta em atender.