Os Estados Unidos entregaram 50 toneladas de munição a grupos rebeldes no norte da Síria, em uma tentativa de reformular o fracassado programa de treinamento de milícias opositoras, segundo declarações de funcionários americanos divulgadas nesta segunda-feira pela rede CNN.
A entrega foi feita ontem através do lançamento de paraquedas com 112 caixotes, confirmou um funcionário americano do Pentágono, falando com a emissora americana sob a condição de manter o anonimato. Um avião de transporte C-17, escoltado por caças, lançou toneladas de munição e granadas na província de Al Hasakah a um grupo rebelde apoiado pelos Estados Unidos e conhecido como Coalizão Síria-Árabe. As fontes americanas garantiram que todo o material foi recolhido com sucesso pelos rebeldes aliados dos americanos.
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Pentágono anuncia fim de programa de treinamento de rebeldes sírios
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada o fim do plano de treinar milhares de milicianos rebeldes moderados sírios que deviam lutar no território sírio contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e eventualmente ser uma alternativa ao ditador Bashar Assad. A decisão de apoiar os rebeldes sírios aliados aos Estados Unidos por outros meios se dá pouco depois de Rússia começar uma campanha de bombardeios para apoiar al-Assad na guerra civil.
UE X Rússia – A União Europeia (UE) acusou a Rússia nesta segunda- de colocar em risco os esforços de paz na Síria, pedindo a Moscou que pare de bombardear os rebeldes apoiados pelo Ocidente. Buscando uma postura unificada em sua crítica à dramática intervenção militar russa, os ministros das Relações Exteriores da UE alertaram que os ataques aéreos concebidos para apoiar Assad também podem aprofundar a guerra civil de quatro anos e meio. Os líderes da UE também devem repreender a Rússia em uma cúpula em Bruxelas na quinta-feira, afirmaram autoridades do bloco.
O conflito que a Síria vive desde março de 2011, quando surgiu uma série de protestos contra o governo de Assad, deixou 220.000 mortos e cerca de 4 milhões de refugiados que se dirigiram a outros países, assim como 7,6 milhões de deslocados internos, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).
(Da redação)